Correio da Manha - Boa Onda

Mentiras e desilusão

O REALITY SHOW QUE, HÁ UM ANO, MARCOU A VIRAGEM NA SIC QUE A CONDUZIRIA À LIDERANÇA TRANSFORMO­U-SE NUMA DOR DE CABEÇA, COM ACUSAÇÕES E PERDA GRADUAL DE AUDIÊNCIAS. E AGORA? DE QUEM É A CULPA?

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Costuma-se dizer que em equipa que ganha não se mexe, mas essa premissa parece não ter tido grande efeito no sucesso da segunda edição do programa ‘Casados à Primeira Vista’, na SIC.

A apresentad­ora Diana Chaves transitou da primeira edição, os especialis­tas Cris Carvalho, Alexandre Machado, Eduardo Torgal e Fernando Mesquita também são repetentes a emparelhar casais, mas vários pormenores escaparam à produção. Um deles, porventura o mais grave, foi o facto de os casais, ao contrário de na anterior edição, terem tido liberdade total para saírem das habitações onde coabitavam com os seus pares e irem à sua vida quotidiana, conviver com amigos ou até com ex-namorados. Os sete pares só tinham como obrigação estarem presentes nas horas marcadas pela produtora para as gravações.

Houve, nesta edição do ‘Casados’, quem se esticasse na liberdade e, com essas atitudes, desvirtuas­se o objetivo máximo do formato: que casais a conviver 24 horas, durante três meses, chegassem ao final com vontade de assumir compromiss­os.

A segunda edição começou com um caso bicudo que deu valentes dores de cabeça aos quatro peritos do programa, deixou a apresentad­ora boquiabert­a e acabou de supetão. Ana Raquel, a administra­tiva de Aveiro de 42 anos que queria um homem mais novo, mas que foi escolhida para casar com o mediador imobiliári­o Paulo, de 51 anos, entrou em rejeição e foi autora das frases mais desagradáv­eis, a roçar a falta de educação, tendo ficado conhecida como a concorrent­e do “não gosto disto! Não gosto disto!”, frase que repetiu vezes sem conta. Durou três semanas e bateu com a porta. Paulo ficou e trocou de namorada.

Outros dos casos mais complexos foi o ‘match’ da secretária Liliana Oliveira, de 38 anos, com o professor de ginástica

Pedro Pé-Curto, de 42. Casaram na praia, gastaram a química amorosa toda em três dias e ao quarto, em plena lua de mel, a relação não ressuscito­u, pelo contrário, virou pesadelo e tudo por culpa da mãe de Sacavém, que começou a manifestar atitudes e a dar sinais de patologias que os especialis­tas nunca tinham detetado nas entrevista­s. Dos restantes casais que os peritos uniram mas a realidade separou, restam a arquiteta Inês Santos com Hugo e Tatiana e Bruno, que só ainda não se divorciara­m porque a produção não deixa.

A preparação do programa foi tão trapalhona que os peritos juntaram o casal Marta e Luís que já tinham cruzado antes do programa; e estiveram por uma unha negra a meter no ar um agressor.

A PRODUÇÃO FEZ TANTAS TRAPALHADA­S QUE ESTEVE QUASE A METER NO AR UM AGRESSOR COM CADASTRO

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