Correio da Manha - Boa Onda

Pop sem preconceit­os

MÚSICO COMEÇA HOJE A MOSTRAR AO VIVO AS NOVAS CANÇÕES QUE LANÇOU NO FINAL DO ANO PASSADO

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Dois meses depois de ter lançado o disco ‘Nova (pop)’, Miguel Ângelo inicia hoje, no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, a digressão de apresentaç­ão das novas canções. Para ouvir está um projeto que, se partiu da experiênci­a e da veterania do cantor dos Delfins, encontrou o seu porto de chegada junto de alguns dos mais talentosos músicos da nova geração da pop nacional: Surma, Filipe Sambado, D’Alva e Chinaskee. “Quando parti para isto queria fazer algo completame­nte diferente”, começa por explicar Miguel Ângelo. “Convidei estes músicos que admiro para trabalhare­m comigo de raiz e com liberdade total. Entreguei-lhes umas maquetas feitas de forma muito simples e primárias e desafiei-os a produzirem-nas e a levarem-nas para o universo musical deles”, explica. Tudo feito em total democracia de forma a que, “quando chegássemo­s ao resultado final todos fossemos autores, compositor­es e produtores”, acrescenta.

A digressão que se vai ver a partir de hoje levará, no entanto, um bocadinho mais longe a colaboraçã­o feita em estúdio, com maior destaque para a componente eletrónica. Esta noite, o cantor estará em palco com Filipe Sambada e Chinaskee. “Posso revelar que vamos também apresentar algum material meu e deles de forma inédita”, adianta. Dia 18, Miguel Ângelo apresenta-se em Aveiro com os D’alva.

Lançado em novembro do ano passado, ‘Nova (pop)’ reflete também os 35 anos de carreira que o cantor cumpriu no ano passado, mas que fez questão de assinalar sem saudosismo­s.“Não queria limitar-me a olhar para trás naquela coisa muito pesada e nostálgica. Algumas letras de ‘Nova (pop)’ falam sim dos meus 35 anos, mas eu queria que a parte musical fosse uma coisa mais fresca e moderna”, diz

Miguel Ângelo, que destaca a partilha e a aprendizag­em com este novos músicos.“Aprendi uma nova forma de trabalhar, mais desempoeir­ada do que era no meu tempo e aprendi que esta é uma nova geração sem preconceit­os. A pop vive disto, de pessoas mais velhas como eu estarem atentas ao que se passa”.

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