Correio da Manha - Boa Onda

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LISBOA FOI DISTINGUID­A COM O TÍTULO DE CAPITAL VERDE EUROPEIA E O PROGRAMA PREVÊ UM LARGO CONJUNTO DE INICIATIVA­S AO LONGO DOS PRÓXIMOS MESES. DESDE A PLANTAÇÃO DE ÁRVORES A EXPOSIÇÕES, HÁ DE TUDO PELA VALORIZAÇíO DA CIDADE

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Adistinção foi atribuída em 21 de junho de 2018, mas é só a partir de agora que a capital arranca com um conjunto de atividades que celebram a cidade como um espaço sustentáve­l. A distinção de Capital Verde Europeia 2020, atribuída anualmente pela Comissão Europeia, reconhece os esforços das cidades em envolver a sua população no tema da sustentabi­lidade ambiental, social e económica.

Lisboa superou as outras cidades finalistas, Gent, na Bélgica, e Lahti, Finlândia, com o júri a salientar que a urbe pode constituir “uma inspiração e um modelo para muitas cidades da União Europeia”, dado que apostou na sustentabi­lidade num período de grave crise económica.

As celebraçõe­s têm amanhã início, pelas 15h00, no Parque Eduardo VII. A cerimónia inclui, entre outros momentos, a passagem de testemunho de Oslo para Lisboa e um Flash

Mob com a presença do Presidente

da República, do secretário-geral da ONU, e do presidente da câmara municipal de Lisboa.

Ao longo do ano decorrem diversos en

contros, seminários e conferênci­as. E exposições, a começar pelo Oceanário de Lisboa, com ‘O mar de Portugal como nunca o vimos’. Apresenta uma experiênci­a única e imersiva que retrata a ligação do Homem com o oceano. É a primeira de mais de dez propostas temáticas em vários museus e espaços da cidade, do Museu de História Natural à Torre do Tombo.

Ainda este mês, no dia 20, arranca a iniciativa ‘Um Jardim em Lisboa’, projeto que oferece mais espaços verdes à capital – todos os meses será aberto ao público um jardim da cidade.

Destaque ainda para a Urban Future Global Conference 2020, a decorrer entre 1 a 3 de abril, a Semana Verde Europeia, sobre a biodiversi­dade, de 1 a 3 de junho, ou a Conferênci­a dos Oceanos das Nações Unidas, a ter lugar de 2 a 6 de junho.

‘Plante uma árvore’ é o mote da iniciativa que no próximo domingo, dia 12, pretende unir a comunidade e sensibiliz­ar a população para a preservaçã­o do meio ambiente. Tem como objetivo a plantação de 20 mil árvores em Lisboa: 4000 em Rio Seco (Alto da Ajuda/Ajuda), 6000 no parque do Vale da Ameixoeira (Santa Clara), 9000 no parque do Vale da Montanha (Areeiro/Marvila) e, por fim, 1000 no Corredor Verde de Monsanto’ Será um momento único com a maior plantação de sempre de árvores no mesmo dia.

No mês de setembro, na sequência de intervençã­o de finalizaçã­o do Corredor Verde Oriental, vai ser promovida uma obra de arte urbana nos pilares de eixos ferroviári­os, na avenida Infante D. Henrique, com o intuito de valorizar a passagem entre o Parque da Quinta das Flores e a zona de Braço de Prata. O artista convidado é LS, de Marvila, já com algumas intervençõ­es naquele bairro.

A autarquia pretende disponibil­izar 100 talhões de hortas urbanas até ao próximo ano, ultrapassa­r os 100 megawatts de energia solar instalada até 2030 e atingir a neutralida­de carbónica até 2050. Já na área da mobilidade destaca-se a duplicação da frota de elétricos rápidos e a expansão da rede do Metropolit­ano. Quanto ao reforço do Plano Geral de Drenagem, o objetivo é “nadar no Tejo”, reforça a câmara.

Pela primeira vez em Portugal num formato itinerante ao ar livre, um conjunto de 38 imagens a preto e branco de Sebastião Salgado está patente no largo Conde Vila Flor, na zona envolvente ao Templo de Diana, em Évora. Trata-se da exposição de fotografia ‘Génesis’, em que o autor brasileiro procura as origens do mundo em que vivemos, ao mesmo tempo que presta uma homenagem à sua fragilidad­e.

A mostra, que conta com a curadoria de Lélia Wanick Salgado, mulher do fotógrafo, revela paisagens, animais e pessoas que foram capazes de escapar à influência do mundo moderno em

regiões polares, bosques e savanas tropicais, desertos, montanhas dominadas por glaciares e ilhas solitárias. Sebastião Salgado levou oito anos a concretiza­r este projeto, iniciado em 2004 e estruturad­o em cinco partes: ‘Os confins do sul’, ‘Santuários’, ‘África’, ‘As terras do norte’ e ‘A Amazónia e o Pantanal’.

Sebastião Salgado realizou 32 viagens, nas quais passou pela Antártida, Madagáscar, Botsuana, pelo Parque Nacional de Kafue, na Zâmbia, bem como pelos planaltos do Colorado, nos Estados Unidos, pelo Alasca, pelo arquipélag­o das Galápagos, no Equador, Sibéria e selva amazónica. O resultado final, e a afirmação é do próprio fotógrafo de 75 anos, pode ser comparado a uma longa “carta de amor ao planeta”.

O projeto Génesis deu ainda origem a

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