Correio da Manha - Boa Onda

Chegaram os grandes filmes dos Óscares às salas nacionais

`MULHERZINH­AS' TRAZ DE VOLTA A OBRA LITERÁRIA DE LOUISA MAY ALCOTT, NUMA OBRA DE ÉPOCA QUE INCLUI UM ELENCO DE LUXO E CONCORRE PARA SEIS ÓSCARES

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Várias vozes críticas levantaram-se, nas últimas semanas, contra o facto de não haver mulheres a concorrer ao Óscar de Melhor Realizador este ano. O nome mais óbvio seria o de Greta Gerwig, exemplar na forma como dirige a mais recente adaptação do romance escrito por Louisa May Alcott.

‘Mulherzinh­as’, já em exibição, respeita a base literária e tira partido do melhor que a obra tem para oferecer, numa produção de época exuberante e com um elenco de fazer inveja.

Nomeada para o Óscar de Melhor Atriz, Saoirse Ronan é a protagonis­ta Jo, que sonha ser escritora de renome, enquanto convive de forma intensa com as três jovens irmãs, Meg (Emma Watson), Amy (Florence Pugh, nomeada para o Óscar de Atriz Secundária) e a frágil Beth (Eliza Scanlen).

As quatro irmãs vivem variadas peripécias por alturas da Guerra Civil Americana. O pai (Bob Odenkirk) está, em grande parte da ação, ausente por se encontrar no campo militar, para preocupaçã­o da mãe (Laura Dern, de novo em grande forma). O elenco inclui ainda Timothée Chalamet, na pele do jovem Theodore, que quer conquistar o coração de Jo, Chris Cooper, o francês Louis Garrel e a veterana Meryl Streep, mais uma vez perfeccion­ista como a tia austera que desdenha a solidão.

Depois de várias versões já levadas ao grande ecrã, ‘Mulherzinh­as’ ressurge com a subtileza de um argumento que dá espaço aos diálogos e se entretém a cruzar as várias personagen­s, entre duas realidades temporais distintas. O espectador nunca se perde neste ‘vaivém’ sentimenta­l e vulnerável, capaz de fazer esboçar um sorriso ou soltar uma lágrima furtiva.

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