Correio da Manha - Boa Onda

A dor de Sara Barradas

ATRIZ CONTA SOFRIMENTO EM NOVO DESAFIO

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Aceitou o desafio de abraçar o papel de protagonis­ta na nova novela da TVI, ‘Quer o Destino’. Foi uma decisão fácil? Tive de pensar... não pelo tema forte da novela mas porque há sete anos [quando foi pela última vez protagonis­ta, em ‘Mundo ao Contrário’] não tinha uma filha. Hoje tenho, e isso para mim é a principal diferença. Tive de pensar bem para me conseguir organizar o melhor possível. Ser protagonis­ta, fazer teatro e dedicar-me à minha filha e ao meu marido.

Como é que tem corrido essa gestão?

Tenho dormido muito pouco, mas acho que tenho conseguido. Estou a dar o meu melhor em todas as frentes e sabia que ia ser um projeto muito duro, que ia precisar de dar muito de mim, dar-me a 200% para estar aqui viva.

Este papel tem uma carga emocional muito forte... como é que tem trabalhado esta personagem?

É muito bom! Eu gosto muito de personagen­s dramáticas, foi o que eu fiz maioritari­amente. Há atores que são mais dramáticos do que outros e eu acho que tenho aqui um cariz dramático qualquer. Gosto destas personagen­s que vão às entranhas. Tenho-me apoiado muito nos meus colegas atores e na equipa de realização quando estou em cenas mais difíceis. E acho que estou a conseguir.

Como é que se tem preparado para as essas cenas mais dramáticas?

Sou uma atriz muito intuitiva, muito sensitiva. Há atores mais técnicos e menos técnicos. Eu não me considero muito técnica, eu ponho-me muito na pele da outra pessoa e depois é só deixar fluir.

Com tanta emoção é fácil “despir” a personagem no fim de um dia de gravações?

Sim! Eu não sou aquela pessoa que leva a personagem para casa. Há colegas meus que ficam muito perturbado­s quando chegam a casa, mas eu sempre consegui fazer bem essa passagem. Tenho um chip que funciona [risos].

Foi difícil regressar a este ritmo intenso de novelas e gravações?

Não. É como andar de bicicleta: não se esquece nunca!

Além da TV, está também no teatro. Com dois projetos em mãos como é que tem sido a gestão dos horários?

O meu dia começa às 06h45 e, às quintas e sextas-feiras, estende-se até à 01h30 por causa do teatro de revista. Leio os textos quando chego a casa, depois de dar a papa à minha filha.

Ser o rosto de um novela que está em horário nobre numa altura

em que a TVI precisa muito de audiências traz uma responsabi­lidade extra?

Eu penso nisso, é inevitável não pensar e eu espero estar à altura deste desafio. Espero não desiludir as pessoas porque é de facto uma fase importante para a TVI e eu fico contente por fazer parte desta fase. Que seja um sucesso!

Nesta altura de maior trabalho, o apoio do José Raposo tem sido essencial?

É tão importante! Abençoado Zé [marido]! A Lua está com ele, excepto nas noites em que estamos os dois no teatro. Nos últimos dois meses ele conseguiu estar o tempo todo com ela, e foi muito bom para nós.

“ESTOU A DAR-ME A 200% PARA ESTAR

VIVA”

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