Fotografia ANOS DE OURO
O CINEMA CLÁSSICO É O MOTE PARA A EXPOSIÇÃO `HOLLYWOOD ICONS: A FÁBRICA DAS ESTRELAS', EM EXIBIÇÃO NO PORTO ATÉ AO DIA 7 DE JUNHO
Aseleção é particularmente generosa, já que se debruça sobre os maiores ícones do cinema. Desde Fred Astaire, munido de cartola e bengala, em pleno número de dança, a Rita Hayworth de decote descaído, enquanto fuma um demorado cigarro, ou Audrey Hepburn, de olhar terno por detrás de uma persiana. Todos ficaram imortalizados não só no grande ecrã como em fotografias intimistas, que testemunham os maiores vultos do cinema, desde os anos de 1920 a 1960. No total são 161 os retratos que compõem a exposição ‘Hollywood Icons: A Fábrica das Estrelas’, que está, a partir de agora e até ao dia 7 de junho, em exibição no Centro Português de Fotografia, no Porto.
Produzida pela Terra Esplêndida, e com curadoria de Simon Crocker e Robert Dance, esta mostra, inédita entre nós, já passou pelo Brasil, Alemanha ou Itália. Tem o cuidado de subdividir as imagens, que se assumem como verdadeiras obras de arte, por épocas da sétima arte. É certo que todas as fotografias pertencem à idade clássica do cinema, mas estão separadas por tópicos como: os filmes mudos, onde Mary Pickford e Charles Chaplin são, por exemplo, as principais estrelas; a chegada do som, onde brilham Clark Gable, Marlene Dietrich ou Cary Grant; ou ainda os vultos do pós-Segunda Guerra Mundial, com os olhos postos em nomes como os de Paul Newman, Marlon
Brando ou a inevitável Marilyn Monroe.
‘Hollywood Icons: A Fábrica das Estrelas’, que tem um preço de entrada de seis euros e pode ser visitada todos os dias das 10h00 às 19h00, centra-se no património acumulado por John Kobal (1940-1991), célebre e admirador historiador de cinema, a partir dos trabalhos fotográficos de artistas do calibre de Eugene Robert Richee ou Robert Coburn. Além de George Hurrell, considerado um génio na gestão das luzes e das sombras, ou de Clarence Sinclair Bull, que dirigiu o estúdio de fotografia da Metro-Goldwyn-Mayer durante 40 anos. Sem esquecer a pioneira Ruth Harriet Louise, já que foi a primeira mulher a liderar a direção do departamento de fotografia de um estúdio de cinema em
Hollywood.