Sexta-feira, 13 Montalegre celebra uma diabólica Noite das Bruxas
MILHARES VÃO ESTAR EM FESTA PARA “AFASTAR OS MALES”. NÃO FALTA A QUEIMADA, BEBIDA ESCONJURADA PELO PADRE FONTES, UM NOME INCONTORNÁVEL DESTA CELEBRAÇÃO
Montalegre espera receber milhares de pessoas na primeira sexta-feira, 13, do ano. O objetivo da Noite das Bruxas é ‘afastar os males’, dançando ou bebendo a tradicional queimada – bebida feita à base de aguardente, limão, maçã, canela e açúcar –, devidamente esconjurada pelo padre Fontes.
A festa tem início às 13h13, com as ruas da vila a encherem-se de visitantes vestidos de negro e chapéus em bico. A Sexta-Feira 13 de Montalegre começou a ser festejada com mais fervor em 2002, com o padre Fontes a ser um dos principais impulsionadores da iniciativa, que se tornou numa das maiores festas de rua do País. Nesta data, o concelho barrosão também conhecido por ‘Capital do Misticismo’ decora-se a rigor e atrai pessoas de todo o País e, também, de Espanha.
Sobre a ancestralidade da data, uma das teorias mais divulgada é a de que à entrada do Parque Natural do Gerês, mas do lado interior, virado para Trás-os-Montes, onde fica a Ponte da Misarela, se reuniam em tempos distantes, neste dia, a bruxa Freia, outras 11 bruxas e o próprio Diabo (perfazendo o número 13) para amaldiçoarem as aldeias em redor e vingarem-se dos atos de que eram alvos aquando da propagação do Cristianismo.
Música, espetáculos que repercutem tradições antigas, gastronomia e convívio são os principais ingredientes de uma noite em que se respira o ar puro das montanhas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, que emoldura o concelho de Montalegre.
No próximo dia 13, a primeira das duas sextas-feiras 13 de 2020, Montalegre veste-se a rigor com bruxas e feiticeiros. Na iniciativa não vão faltar desfiles ‘endiabrados’, a ‘Queima do Enforcado’, animação musical, encenação da queimada, fogueiras nas ruas e fogo de artifício.
GATOS PRETOS E GUARDA-CHUVAS
Num dia marcado por superstições para muita gente, são vários os comportamentos que servem para justificar uma eventual falta de sorte nas sextas-feiras, 13: cruzar-se com um gato preto, abrir um guarda-chuva dentro de casa, passar debaixo de um escadote, partir um espelho, não descer da cama com o pé direito ou deixar cair um pente. No entanto, em Montalegre o medo dá lugar à diversão e ao encanto pelo oculto.
Uma festa de rua que mexe com a economia regional e atrai milhares de visitantes ao concelho do distrito de Vila Real.
FESTA DE RUA MEXE COM A ECONOMIA
REGIONAL
Em março, o sável é presença obrigatória nos restaurantes de Vila Franca de Xira. Seja na sua confeção mais tradicional – o sável frito com açorda de ovas, ou descobrindo outras propostas em carta, como o sável frito com risoto de ovas ou a cabidela de sável, o sável é rei à mesa, num evento com tradições que mobiliza milhares de visitantes.
À DESCOBERTA
À boa mesa juntam-se os roteiros turísticos e culturais no concelho de Vila Franca de Xira, que incluem passeios no Tejo a bordo do Barco Varino ‘Liberdade’ (núcleo museológico), visitas guiadas a museus e outras atividades. Novidade este ano é a parceria estabelecida com a ACAPSI (Associação Cultural dos Avieiros da Póvoa de Santa Iria) proporcionando, nos fins de semana de março, visitas grátis à Casa Avieira situada na Frente Ribeirinha da Póvoa de Santa Iria, que pode também ser conjugada com uma visita ao Núcleo Museológico ‘A Póvoa e o Rio’.
No âmbito da campanha de Gastronomia ‘Março, Mês do Sável’, destaque ainda para a presença dos chefs José Maria
Lino e Luís Machado nos mercados municipais, para confecionarem a receita ao vivo e dar a provar aos visitantes. Assente na tradição gastronómica das comunidades varina e avieira, a campanha ‘Março, Mês do Sável’ valoriza estas raízes.
MARÇO É MÊS DO SÁVEL EM VILA FRANCA
DE XIRA