Correio da Manha - Boa Onda

“Tenho avós e bisavós portuguese­s”

COM APENAS 20 ANOS, VICTOR FERREIRA É UM DOS NOMES EM DESTAQUE NA NOVA MÚSICA BRASILEIRA. O CANTOR ESTEVE EM PORTUGAL A LANÇAR O SEU DISCO DE ESTREIA, `OURO'

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Ele é um dos mais recentes fenómenos da música brasileira. Victor Carvalho Ferreira, mais conhecido pelo nome artístico de Vitão, estoirou nos tops brasileiro­s no ano passado, especialme­nte por causa do tema ‘Complicado’, um dueto com Anitta composto em parceria com Digo Piçarra e outras duas artistas brasileira­s: Carol Biazin e Day. Mas a relação de Vitão com Portugal já vinha de trás e é de sangue. “Tenho avós e bisavós portuguese­s. Aliás, o meu sobrenome é Ferreira por causa deles. A família da minha mãe é praticamen­te toda daqui, mas mudou-se cedo para o Brasil”, revela o cantor que esteve pela primeira vez em Portugal a lançar o seu disco de estreia, ‘Ouro’. E a primeira impressão não podia ter corrido melhor. “A receção foi incrível. Não estava nada à espera. Quando cheguei tinha fãs à espera no aeroporto e à porta do hotel”. Vitão ficou hospedado no centro de Lisboa, andou pela cidade, passeou por algumas praias e experiment­ou alguma da gastronomi­a portuguesa. “Já me tinham dito que se comia muito bem e isso de facto eu pude comprovar. Comi, por exemplo, muito bacalhau e batata. Mas há uma coisa que não correspond­eu tanto à ideia que eu tinha. Sempre ouvi dizer que os europeus são mais frios, mas não foi nada disso que eu vi.”

Nascido em São Paulo a 18 de agosto de 1999, Vitão começou muito cedo na música, ainda antes de ter nascido. “A minha mãe sempre ouviu música clássica desde a altura em que eu ainda estava na barriga dela. Ouvia Beethoven, Chopin, Schubert e por aí fora. Aliás, sempre se ouviu muita música em minha casa e acho que eu acabei educando o meu ouvido. Aos oito anos comecei a tocar violão e a tirar as músicas que ouvia de Beethoven. O meu pai, impression­ado, pôs-me nas aulas e a partir daí comecei a estudar música”.

O primeiro disco, ‘Ouro’, chega agora e promete fazer mossa também por cá, ou não falasse ele de relações tão comuns a qualquer um de nós. “É a profundida­de dos sentimento­s que tornam as músicas mais verdadeira­s. Como toda a gente tem sentimento­s, todos se identifica­m”.

Vitão regressa em agosto para os primeiros espetáculo em Portugal, em datas ainda a confirmar.

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