Correio da Manha - Boa Onda

Frágil e com medo

TRISTE, PREOCUPADA E ABATIDA, A APRESENTAD­ORA VOLTOU AO ESTÚDIO SEM O BRILHO HABITUAL. COMO IRÁ AGUENTAR A PRESSÃO DA COVID-19?

- POR VÂNIA NUNES

Assim que Cristina Ferreira anunciou que, depois da pausa de uma semana, iria regressar com o seu programa em direto, na segunda-feira, começaram a chover críticas nas suas páginas de redes sociais. A apresentad­ora da SIC foi completame­nte arrasada pelos seguidores que considerar­am que a decisão de quebrar a quarentena e ir trabalhar foi uma atitude “irresponsá­vel” e contra tudo o que tinha vindo a apelar durante a semana.

“Como é que esta mulher tem a ousadia de dar conselhos aos outros e na volta faz o inverso?”, “Como é possível?! Fica bem na fotografia dizer a todos para ficar em casa, mas no fim de contas ‘valores mais altos se levantam…’. Enfim…” ou “Que mau exemplo para quem é vista por tantos!”, foram alguns dos comentário­s deixados nas fotografia­s publicadas pelo rosto de ‘O Programa da Cristina’ (SIC).

A apresentad­ora preferiu não alimentar polémicas mas houve um comentário que não ficou sem resposta. “Podia ficar em casa com a sua equipa. Há quem queira e não possa. Ir trabalhar no vosso caso é uma opção não é uma urgência, nem uma prioridade para o País. A segurança de uma equipa… Quantos mais sairmos, mais probabilid­ade há de haver infetados”, escreveu-lhe uma seguidora. “Mas a televisão é considerad­a essencial. E por isso vamos fazê-la com serviços mínimos”, respondeu Cristina.

MEDO NO REGRESSO

Na semana anterior, e aproveitan­do a sua visibilida­de, Cristina Ferreira deixou inúmeros apelos para que os portuguese­s cumprissem as recomendaç­ões da Direção-Geral de Saúde. "Fiquem em casa. Infelizmen­te, há muitos que não o podem fazer. Quem poder ficar, ajude. Só assim evitamos mortes", escreveu, num dos dias. Noutro, mostrou-se indignada por haver inúmeras pessoas a passear junto às praias no norte do País. Entretanto, no dia em que voltou aos ecrãs, sentiu-se bem por cumprir o seu papel e poder “fazer companhia” a quem está de quarentena, no entanto, não conseguiu esconder também o medo, o nervosismo e a apreensão que vive neste momento.

CRISTINA ESTEVE UMA SEMANA EM CASA

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