O prazer do rissol caseiro
Um dos meus filhos (os três cozinham, cada um na sua especialidade) iniciou-se recentemente na arte da ‘massa fresca’; durante uma semana enviou-me fotografias de massa acabada de preparar – ‘tagliatelle’, ‘pappardelle’, ‘spaghetti’, ‘bucatini’, ‘farfalle’, ‘linguine’, a lista é relativamente vasta e acaba nas tiras gulosas de lasanha pronta a preparar. Ao fim de uma semana, ofereci-lhe uma maquineta rudimentar para lhe poupar trabalho; ganhei um voto para a eternidade.
Durante o confinamento, muita gente tentou – e conseguiu – fazer pão em casa. Milhares de fotografias foram lançadas nas redes sociais com o objetivo de provocar inveja pelo pão caseiro acabado de sair do forno. Como recordo o pão cozido em forno de lenha pela minha avó de Vinhais,
ou pela minha mãe (um centeio cheio de odores, perfumes, com aquele amargor escuro que aumenta o apetite), resisti à tentação de perder o combate, reconhecendo a inutilidade do esforço.
A mesma coisa se passa em relação a outros bens essenciais da cozinha, como os fritinhos que se compram já feitos e de acordo com o nosso paladar e tradição: os rissóis, os pastéis de massa tenra, os croquetes, as coxinhas, os folhadinhos recheados, por aí fora. Se os croquetes e folhadinhos são fáceis de preparar, já os pastéis de massa tenra e os rissóis exigem mais preparação, disponibilidade, paciência e espírito de sacrifício (quatro pilares da cozinha tradicional). Acontece que sou fanático de rissóis. Em Lisboa, ou abaixo da linha imaginária que separa a cozinha do Norte da cozinha do Sul, dizer “rissóis” quase equivale a especificar “rissóis de camarão” – ao contrário da variedade de rissóis que se encontram no Norte e,
sobretudo, ao balcão das cervejarias do Porto, verdadeiras e notáveis fábricas de sabor patriótico. Rissóis de camarão, sim, evidentemente – com aquele recheio cremoso e tépido que envolve os bichinhos; mas a variedade continua e pode ser muito criativa; os de carne, os de marisco, os de pescada (nota-se pela brancura do recheio), os de peixe ou marisco e berbigão e até, ao que me dizem, os de leitão, que nunca provei, pelo menos enquanto o Capa Negra (Rua de Campo Alegre, no Porto) providenciar os seus rissóis de carne e marisco para acompanhar a cerveja do crepúsculo.
Pois bem: desde há meses que treino a mistura de farinha, leite, água e manteiga que há de proporcionar o rissol propriamente dito, antes de o mergulhar em ovo e pão ralado. De cada vez que tento, melhoro. A mesma coisa com o recheio – que varia de acordo com o apetite e a vibração da minha costeleta nortenha. É fácil prepará-los, melhor ainda quando há gente que espera por eles.
Oprojeto digital ‘História e Estórias para crescer e aprender’, promovido pela Biblioteca e Museu Municipal de Palmela, pretende levar os mais novos numa viagem à descoberta da serra da Arrábida. Nas próximas quintas-feiras até final de julho, às 10h00, há hora do conto online, com curiosidades e desafios nas páginas de Facebook Catavento e Museu Municipal.
A iniciativa permite aprender mais sobre a fauna, flora, património material e imaterial da Arrábida, ao mesmo tempo que estimula a imaginação, a criatividade e a consciencializando para a adoção de comportamentos de preservação e respeito pelo meio ambiente.
Com base no contexto atual, o município explica que decidiu lançar o projeto para continuar a contribuir para o enriquecimento pedagógico e cultural do público infantojuvenil.
A iniciativa dá continuidade à temática do Programa de Animação Infantil da Leitura 2019/2020 ‘Arrábida Verde e Azul um Universo Mágico’ e tem por base as propostas do Serviço Educativo de Animação Infantil da Leitura e do Museu Municipal disponibilizadas à comunidade escolar no início do ano letivo.
Até amanhã, dia 13
Centro Ciência Viva de Vila do Conde, Avenida Bernardino Machado, 96
10h00 - 13h00; 14h00 - 18h00
Gratuito
Domingo, 14
Facebook do MAR Shopping Matosinhos
11h00 Gratuito