Correio da Manha - Boa Onda

O novo tema da cantora

`VIVER A MIL' É UM AVANÇO DO SEU PRÓXIMO DISCO

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Quantas vezes já sentimos que estamos a esquecer o que realmente importa? Quantas vezes já pensámos em parar sem o conseguir fazer? Quantas vezes já nos sentimos tristes por ver o tempo passar, “quase sem sonhos, quase sem forças”?

É sobre isto que fala o novo tema de Joana Amendoeira, ‘Viver a Mil’, uma canção feita há um ano mas que por ironia do destino acabou por encaixar nos tempos que vivemos. “É incrível como se viria a tornar tão real e com uma letra com que tanto nos identifica­mos nestes dias. Na maior parte das vezes, na nossa vida, descuramos as coisas mais importante­s para nós, porque levamos uma vida de correria, vivemos a mil”, diz a fadista, também ela apanhada violentame­nte por uma pandemia que obrigou o Mundo a parar e o setor da cultura a mergulhar numa crise sem fundo. “Foi um grande choque esta paragem forçada! Preciso de cantar tanto como respirar... Realmente o que não me permite deprimir profundame­nte é o amor, e toda a dedicação para cuidar dos meus dois filhos”, confidenci­a. “Estar longe de toda a família e amigos foi muito duro, toda a incerteza que vivemos e ter uma quebra de 100% do trabalho que estava previsto tem sido realmente muito complicado e triste”.

Primeiro single de avanço do disco que aí vem, ‘Na Volta da Maré’, o novo tema conta com letra de Tiago Torres de Silva, aquele que é a cara-metade criativa de Joana Amendoeira. “O Tiago é o poeta da minha vida, quem melhor me entende e com quem mais tenho gravado”, explica. “Identifico-me totalmente com a sua forma de escrever, e não pára de surpreende­r, com enorme criativida­de e talento! Escreve cada vez mais de forma autobiográ­fica, e isso está bem patente neste novo álbum, tão generoso com a arte e a verdade que me arrepia e me faz ainda mais identifica­r com tudo o que escreve.”

Sobre o disco que aí vem e que conta com composiçõe­s de Fred Martins, Joana Amendoeira garante um trabalho diferente dos anteriores cheio de “influência­s das músicas do Mundo”, numa sonoridade que se encontra no meio do Atlântico.

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