Correio da Manha - CM Sport

VOLTA A PORTUGAL COM EDIÇÃO ESPECIAL

Em tempos de pandemia, a prova está distribuíd­a por nove dias de competição. Começa amanhã em Fafe e termina no dia 5 de outubro em Lisboa. W52-FC Porto e Efapel partem como grandes candidatas ao triunfo final

- FILIPE ANTÓNIO FERREIRA

Muitas mudanças, mas os mesmos pontos de interesse em tempos de pandemia. A Volta a Portugal em bicicleta vai amanhã para a estrada, numa edição especial.

A Federação Portuguesa de Ciclismo não deixou cair a prova, contra todas as expectativ­as, e evitou males maiores para a modalidade. Conseguiu colocar no terreno uma Volta mais curta, mas com os condimento­s certos para prender a atenção dos amantes do pedal.

Está proibido público nas partidas e chegadas mas a emoção e imprevisib­ilidade vão ser uma constante nos nove dias de prova (prólogo, mais oito etapas).

Fafe recebe o prólogo que vai definir as primeiras diferenças. Num ano de grandes incógnitas e em que o Sul voltou a ficar de fora, a W52-FC Porto e a Efapel partem como favoritas. Mas tal como sucedeu na Volta a França, com as devidas distâncias, pode surgir um ‘Pogacar’ que confunda as formações portuguesa­s.

Em relação ao trajeto, as grandes etapas estão lá, seguidas e sem descanso. A chegada à Senhora da Graça surge logo ao terceiro dia, enquanto a subida à serra da Estrela pela Covilhã (a mais complicada de todas) acontece no dia 1 de outubro. Depois, no dia em que o País assinala a Implantaçã­o da República, Lisboa decide e consagra o vencedor .

Outra das mudanças é que Joaquim Gomes não será o diretor desta Volta especial: “Entendi que, numa Volta organizada pela Federação, e havendo uma ligação minha, em termos laborais, à Podium, não seria ajustado ser o diretor. Chamam-me diretor honorário”,

frisou, em jeito de

SENHORA DA GRAÇA E SUBIDA À TORRE SÃO OS GRANDES ATRATIVOS

brincadeir­a, explicando por que é que a Podium não avançou com a prova. “À margem da parte desportiva, há todo um evento sócio-desportivo que tem como objetivo, no fundo, privilegia­r o contacto entre os patrocinad­ores e o grande público... Ora, essas premissas caíram por terra perante o plano sanitário que, legitimame­nte e compreensi­velmente, nos foi aplicado”, disse.

O espetáculo da Volta está de regresso (excecional­mente no outono), mas com a pandemia a impedir a presença do verdadeiro combustíve­l dos corredores: o público.n

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