O grande desafio de Sérgio Conceição
Sérgio Conceição não poderia ter sido mais claro, no final do jogo que marcou o arranque do FC Porto na Liga, frente ao Sp. Braga. Em bom português, sem metáforas nem truques de linguagem, foi direito ao assunto quando lhe perguntaram sobre a possível saída de Alex Telles no imediato. “Não sou dirigente, sou treinador. Gostava de contar com todos os que estão à minha disposição agora e se entrasse mais alguém não ficava chateado”, disse então. Quem conhece bem Sérgio Conceição, e mesmo quem não conhece assim tão bem, sabe que ele não precisa de palco para desabafos. À frente das câmaras disse o que outros, dentro de gabinetes, já terão ouvido da sua boca, utilizando aquelas ou com outras palavras. Seguramente, já terá manifestado internamente o desejo de não perder jogadores e de poder contar com mais alguns reforços. Reforços mesmo, e não apenas unidades de rotação para fazer figura nos treinos e no banco. Fazer conviver os dois vetores, contudo, é missão complexa no Dragão. Para comprar é preciso vender primeiro. Os milhões encaixados com a saída de Fábio Silva já deram para fazer alguns ajustes. Mas é preciso mais. O adversário direto, o Benfica, apetrechou-se bem. E apesar do fiasco europeu, dá mostras de internamente estar muito forte. Conceição deita contas à vida e percebe que este ano vai ser ainda mais duro do que qualquer um dos três já vividos no banco técnico do FC Porto. O que se passar até ao dia 6 de outubro, dia de fecho do mercado, será crucial para o resto da época.n
O QUE SE PASSAR ATÉ 6 DE OUTUBRO
SERÁ CRUCIAL PARA O RESTO DA ÉPOCA.