É possível reconstruir o leão com sucesso?
Oinício azarado da temporada leonina, com uma série de casos de Covid que chegaram até a deixar o treinador retido em casa, teve na passada quinta-feira um episódio duro de engolir para quem manda no Sporting. Tanto para Frederico Varandas, que tem já contra si uma época desastrosa como a de 2019/20, como para Amorim, que arriscou tudo ao sair de Braga para Alvalade na transferência mais badalada dos últimos anos. Porque há custos para todos num eventual falhanço na reconstrução do Sporting.
Do ponto de vista social, tanto Varandas como Amorim já terão percebido que não vão ter paz. Mesmo com as bancadas vazias, a gestão do presidente é hoje tão criticada que será difícil acalmar as hostes até ao final do mandato. Mas aos adeptos não podem ser assacadas responsabilidades na eliminação europeia. Ou nos reforços contratados. Ou nas opções tomadas no banco. Cair com estrondo com o Lask Linz é uma questão futebolística. Pode acontecer a uma equipa em construção, é um facto, mas será possível fazer bem em Alvalade? O Sporting fica sem Europa, com os custos consequentes da ausência de exposição dos seus jogadores. Quando a Covid já deu cabo do mercado, eis que a humilhação com os austríacos nada ajuda. Ganha o leão alguma coisa? Tempo para preparar os jogos internos com menos desgaste. Mas precisa de foco total, de jogadores que façam a diferença e de capacidade para dar tempo a quem precisa de crescer. E acredito que hoje não há nada disso no Sporting.n
ELIMINAÇÃO NA LIGA EUROPA É UM GOLPE DURO PARA AMORIM E VARANDAS