Era preciso acabar com o Seixal para ganhar?
Entendo a urgência do Benfica em querer recuperar o título nacional, até porque o acesso direto à Liga dos Campeões é hoje vital para os grandes portugueses. Além disso, a rivalidade entre encarnados e dragões é enorme e cada campeonato conquistado por um lado ou pelo outro é uma facada no coração do emblema contrário.
Se somarmos a isto a urgência de Luís Filipe Vieira em ser reeleito, está aqui reunida a tempestade perfeita. Tempestade para quem? Para o Seixal, a melhor ideia surgida no futebol português pós-Alcochete e que foi completamente obliterada por razões que a razão desconhece.
O Sporting cometeu um erro semelhante quando quis ganhar a qualquer preço. Esqueceu Alcochete e apostou apenas em jogadores feitos. Também contratou Jesus. Faltou-lhe provavelmente o poder que os encarnados têm nos bastidores. Mas a verdade é que tanto águias como leões praticam um erro crasso. E isto mesmo que ganhem títulos. Porque o dinheiro não é eterno e mesmo quando dura não resolve tudo. No futebol as ideias não abundam. Há mais aventureiros do que pensadores. E quando a ideia é boa deve ser protegida a todo o custo.
O Benfica não precisava de arrasar com o Seixal para ganhar. Bom senso e equilíbrio podiam ter originado o projeto perfeito. Assim passam a ser apenas mais uns. Sem o sangue dos seus. E isto com custos evidentes. Como se viu com a urgente venda de Rúben Dias para tapar o espalhanço na Champions.n
HOJE NO FUTEBOL É BOM TER UMA IDEIA… ALÉM DE DINHEIRO