Benfica tem de ser mais transparente
Opaís acordou uma vez mais com buscas ao Estádio da Luz na passada segunda-feira. A SAD encarnada não foi a única a ser visitada pela Polícia Judiciária e o juiz Carlos Alexandre, mas nos processos citados quase todos iam dar ao que tem sido o denominador comum, o clube presidido por Luís Filipe Vieira. Não pretendo neste texto alongar-me muito sobre as questões em concreto em que o Benfica está envolvido, até porque são demasiadas para este espaço. Mas se o clube tem o direito à presunção de inocência em todos os processos até que haja alguma condenação, há áreas onde ela já foi feita e desconfianças que já não morrerão.
A opinião pública já percebeu que algo não está bem. E se entre os adeptos dos clubes rivais poucos são aqueles que acreditam na bonomia das ações encarnadas, a verdade é que mesmo entre os benfiquistas a desconfiança é reinante. Nas eleições o facto ficou explícito. Um em cada três benfiquistas votou Noronha Lopes, num ato que ficou marcado pela ausência de contagem dos votos físicos. Algo estranhíssimo e mais um atentado à transparência que vice-presidentes como José Eduardo Moniz condenaram até antes das eleições.
Em entrevista a ‘Record’, Moniz não escondeu que entende que o Benfica tem de fazer “mais e melhor” no que toca a processos de transparência. Já vai tarde. Mas é urgente que o faça. Sob pena de o clube de maior implantação popular do país passar a maior vergonha da sua história. E há benfiquistas que não o merecem.n
CONCORDO COM JOSÉ EDUARDO MONIZ, É PRECISO
MAIS E MELHOR