Benfica joga um terço
Entre buscas e mais buscas, que continuam a manchar o nome do Benfica e a beliscar a idoneidade de Luís Filipe Vieira, o futebol da equipa de Jorge Jesus já foi condenado pelos juízes que não vão com a sua cara e pelos que nasceram de sete meses. O treinador, que é inteligente, percebe, tanto mais que foi ele quem colocou Darwin e companhia no caminho para os picos da Europa. O técnico encarnado entende o desânimo e a frustração dos adeptos que, jogue-se bem ou mal, só conseguem ver à sua frente vitórias. O míster, melhor do que ninguém, sabe que o vice-campeão português está longe de ser
O VICE-CAMPEÃO NÃO É UM CONJUNTO À
DIMENSÃO DA HISTÓRIA DO CLUBE
um conjunto à dimensão da história do clube.
O campeonato é ainda uma criança e, por isso, é perfeitamente possível inverter um terrível ciclo marcado pelo anormal número de golos sofridos. A ferida só será esquecida se for devidamente cicatrizada. Para isso, é inevitável acertar, de uma vez por todas, com laterais , encontrar um médio-centro que imponha respeito, que equilibre, e fazer com que os avançados de quem Bruno Lage não guarda boas recordações se esforcem em prol da equipa de que eles também fazem parte.
Sem reforços – não confundir com aquisições – e sem o empenho coletivo, o Benfica estará sempre mais próximo de jogar um terço e mais longe de produzir o prometido por Jesus – o triplo.n