INVESTIGADO COMBATE AO INCÊNDIO NO ALGARVE
CAUSAS r Polícia Judiciária investiga hipótese de o fogo ter começado após queda de linha elétrica ATAQUE r Ministério da Administração Interna abre inquérito à forma como o fogo foi combatido
Aqueda de uma linha elétrica na zona das Taipas, em Monchique, numa altura em que estava uma temperatura de 46 graus, a humidade relativa era de 14% e havia ventos fortes, é uma das pistas que está a ser investigada pela Polícia Judiciária para apurar quais as causas do grande incêndio de Monchique, onde arderam cerca de 27 mil hectares de floresta e 41 pessoas ficaram feridas. O Ministério da Administração Interna vai abrir um inquérito para investigar a forma como o fogo foi combatido.
Segundo várias fontes ligadas ao combate a fogos, no dia do incêndio ocorreu um “episódio de fenómeno extremo climatérico associado à existência na serra de muito combustível para arder após o início do fogo”. Tudo isto num “local de acessos muitos difíceis”, que impediu que os meios de combate travassem as chamas nas primeiras horas. Depois, o fogo tornou-se incontrolável.
O alerta foi dado às 13h32 e o ataque inicial envolveu meios de várias corporações algarvias, assim como operacionais das cinco brigadas pré-posicionadas na região e meios aéreos de Monchique, Loulé e Ourique. O fogo eclodiu num vale profundo, no sítio das Taipas. A existência de uma linha elétrica na zona é apontada como a origem mais provável do incêndio. No mesmo dia em que o fogo começou houve outro foco de incêndio, na Malhada Quente, associado à queda de fios elétricos que atravessam a floresta da serra algarvia. Na semana anterior, mais quatro incêndios deflagraram no concelho, todos causados por cabos elétricos que se partiram.
SEIS INCÊNDIOS CAUSADOS POR CABOS ELÉTRICOS ANTES E DURANTE O FOGO