Debaixo do tapete
Depois das tragédias dos incêndios do ano passado e da resposta mais mediática do que efectiva do Governo, confrontado agora com um incêndio de grandes dimensões opta por escamotear as dificuldades e deficiências, consequentes de más decisões, de má política de prevenção.
Independentemente dos muitos alertas sobre a falta de efectivos na Guarda, designadamente para dar resposta a situações críticas, pois este já é escasso em situações correntes, parece que a Tutela opta por fingir que está tudo bem.
GOVERNO ESCONDE CARÊNCIAS E ESPERA QUE TRAGÉDIAS NÃO REVELEM A VERDADE
A falta de efectivo é flagrante em muitas valências, como o trânsito ou mesmo o 112, mas é nos Postos Territoriais que a situação é mais grave. São estes a estar na primeira linha de intervenção e, mais importante, a garantir a prevenção nesta e em outras situações e é prevenindo que melhor se combate a criminalidade e se evitam tragédias.
Enquanto os profissionais da GNR dão o melhor de si, em condições de serviço extraordinariamente precárias, com um profissionalismo que desde já saudamos, a Tutela varre as muitas carências para debaixo do tapete, assobia para o lado e faz votos para que não venha uma tragédia maior pôr a nu a verdade. Anda-se a poupar na segurança, mas sempre ouvi dizer que o “barato, por vezes, sai caro.”