Falha na assistência a doente com AVC
TRANSPORTE Hospital não conseguiu providenciar enfermeiro e ambulância a tempo TERAPIA rPaciente não fez intervenção essencial
Oatraso na disponibilização de um enfermeiro e de uma ambulância impediu uma doente, com diagnóstico de acidente vascular cerebral (AVC), de ser transportada do Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, para o Hospital de São José, em Lisboa. O episódio teve lugar no dia 6 de agosto de manhã e a doente acabou por não poder realizar uma trombectomia (remoção de coágulo), procedimento recomendado e que, quando efetuado em tempo útil, pode reverter os danos.
HOSPITAL ALEGA QUE ESTÁ A DECORRER UM PROCESSO INTERNO
Os médicos terão concluído que a doente reunia critérios para realizar a trombectomia e comunicaram com o Hospital de São José, que se preparou para a receber. Mas só foi possível reunir enfermeiro e ambulância medicalizada pelas 12 horas. O serviço de urgência estava apenas com seis enfermeiros quando devia ter nove e nenhum podia deixar o turno. Uma médica do Hospital de São José informou que a hora a que a doente chegaria à unidade “já não apresentava benefício” realizar a intervenção. A paciente ficou internada no serviço de observação.
Fonte da Ordem dos Enfer- meiros confirmou, ao CM, a situação e afirmou que a mesma foi reportada ao Ministério da Saúde. Já a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), limitou-se a informar que está “a decorrer um processo de averiguação interno”.