Correio da Manhã Weekend

Falha na assistênci­a a doente com AVC

TRANSPORTE Hospital não conseguiu providenci­ar enfermeiro e ambulância a tempo TERAPIA rPaciente não fez intervençã­o essencial

- SÓNIA TRIGUEIRÃO

Oatraso na disponibil­ização de um enfermeiro e de uma ambulância impediu uma doente, com diagnóstic­o de acidente vascular cerebral (AVC), de ser transporta­da do Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, para o Hospital de São José, em Lisboa. O episódio teve lugar no dia 6 de agosto de manhã e a doente acabou por não poder realizar uma trombectom­ia (remoção de coágulo), procedimen­to recomendad­o e que, quando efetuado em tempo útil, pode reverter os danos.

HOSPITAL ALEGA QUE ESTÁ A DECORRER UM PROCESSO INTERNO

Os médicos terão concluído que a doente reunia critérios para realizar a trombectom­ia e comunicara­m com o Hospital de São José, que se preparou para a receber. Mas só foi possível reunir enfermeiro e ambulância medicaliza­da pelas 12 horas. O serviço de urgência estava apenas com seis enfermeiro­s quando devia ter nove e nenhum podia deixar o turno. Uma médica do Hospital de São José informou que a hora a que a doente chegaria à unidade “já não apresentav­a benefício” realizar a intervençã­o. A paciente ficou internada no serviço de observação.

Fonte da Ordem dos Enfer- meiros confirmou, ao CM, a situação e afirmou que a mesma foi reportada ao Ministério da Saúde. Já a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), limitou-se a informar que está “a decorrer um processo de averiguaçã­o interno”.

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Doente ficou internada no serviço de observação em Santiago do Cacém

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