Administração da RTP custou 366 mil euros
CONTAS No ano passado, Gonçalo Reis, presidente do grupo de rádio e TV, recebeu 133 mil euros ADMINISTRADOR Nuno Artur Silva, que já saiu da equipa de gestão, ganhou quase 100 mil euros
Oanterior conselho de administração da RTP custou, no ano passado, 366 mil euros aos cofres da empresa pública de rádio e televisão - menos cerca de 4 mil euros face a 2016. Só em salários, os três elementos receberam cerca de 313 mil euros( mais 10 mil do que no ano anterior).
Gonçalo Reis (presidente) auferiu um salário mensal bruto de 9500 euros, Nuno Artur Silva (administrador com o pelouro dos conteúdos) 7021 euros e Cristina Vaz Tomé (administradora com a área financeira) 4349 euros mais despesas de representação, no valor de 1740 euros.
Contas feitas, e incluídas as reduções remuneratórias, Gonçalo Reis recebeu 133 mil euros, enquanto os administradores se ficaram pelos 98 291 e 81 767 euros, respetivamente. Os valores estão publicados no relatório e contas da RTP do exercício de 2017, a que o Correio da Manhã teve acesso. O mesmo documento e s p e c ific a também os gastos com viaturas, deslocações, alojamento, comunicações, combustíveis e portagens. O gasto anual com rendas de viaturas para a administração totalizou 18 699 euros, em linha com o registado no exercício anterior. Já os custos com viagens (deslocações e alo- jamento) totalizaram 24 507 euros (menos 11 815 euros). Deste valor, 16 238 euros dizem respeito a gastos só do presidente.
De referir ainda os gastos com comunicações (incluem serviço de roaming), que somaram 2149 euros, menos do que os 5038 euros contabilizados no ano anterior. Gonçalo Reis registou também o valor mais elevado nesta rubrica (961 euros). Quanto aos gastos anuais associados a viaturas (combustíveis e portagens) totalizaram 8071 euros (mais 895 euros do que em 2016), sendo que neste campo foi Cristina Vaz Tomé a liderar os gastos (3 004 euros). O relatório e contas conclui ainda que a RTP cumpre a lei, uma vez que “não registou qualquer despesa não documentada”.
CUSTOS COM VIAGENS TOTALIZARAM MAIS DE 24 MIL EUROS EM 2017