O monstro da dívida
Anoto três factos relevantes a um mês das eleições presidenciais do Sporting. Primeiro: há oito candidatos na linha de partida
(está por saber se Bruno de Carvalho verá confirmada essa condição); Segundo: as eleições resolvem-se numa só volta, de acordo com os estatutos, apesar de ter havido uma proposta para um segundo round; Terceiro: a questão financeira passou para primeiro plano do debate público. Cada um dos pontos merece um pequeno desenvolvimento. Oito corredores demonstram a vitalidade do clube, mas também uma evidente divisão. Não obstante as tentativas que (quase) todos reconheceram ter feito, não parece ter havido vontade em fazer cedências. Os únicos que integraram pretensos candidatos foram Varandas (Dionísio Castro) e Ricciardi (Zeferino Boal). Fica a sensação que os egos fo- ram maiores do que outros interesses, mesmo que fique a ideia de que entre quase todos é mais o que os une do que aquilo que os separa. Aguardemos até dia 8 para ver se, como na política, nasce alguma geringonça. No segundo ponto, há que admitir a bondade da proposta apresentada por Dias Ferreira que serviria para dar força ao presidente eleito. Assim, de facto, corre-se o risco de haver um vencedor com uma fraca expressão eleitoral. Espera-se que os resultados não representem a balcanização do Sporting. Finalmente, a situação financeira. Os números que Ricciardi trouxe para a praça pública (o que lhe deu jeito, pois sendo um expert na matéria ficou numa posição vantajosa) são alarmantes. O monstro da dívida condicionará sempre a execução de projectos e ideias. Reclamam-se soluções. Quem as tem?
HAVERÁ AINDA TEMPO (E VONTADE) PARA NASCER UMA
GERINGONÇA?