Mercado agita arranque da Liga
Arrancou ontem à noite mais uma edição da Liga portuguesa de futebol. Para Benfica e Vitória de Guimarães o campeonato já começou. Até segunda-feira todas as restantes equipas entram em ação e depois segue-se uma corrida que dura até maio. Seria lógico, pois, que no momento em que o campeonato inicia a sua marcha, os plantéis estivessem definidos e fechados. Mas como se sabe as coisas não são assim. A competição começa com a indefinição a minar balneários, a inquietar jogadores e a fazer desesperar treinadores. Num momento em que todos os envolvidos deveriam estar totalmente focados no jogo seguinte, o mercado sobrepõe-se. Fervilha por esta altura a atividade dos empresários, tantas vezes em alegre conluio com os responsáveis pelos clu- bes, uns e outros ávidos dos negócios de última hora. E muitos deles feitos em desespero. De quem compra e de quem vende. Será assim até final do mês.
Em Inglaterra (cuja Liga começou ontem, tal como aconteceu por cá) e Itália (campeonato inicia-se no próximo fim de semana) já impera o bom senso. Pelo menos algum bom senso: rola a bola, fecham-se as contratações. Mais... só para janeiro, dentro dos parâmetros definidos. Um triunfo dos treinadores, após anos a fio a reclamar contra a instabilidade criada nesta fase. Em tempos próximos outras grandes ligas podem seguir este exemplo, ainda que campeonatos mais marginais, como o português, confinados a franjas menores do mercado, vão continuar a oferecer mais resistência.
NAS LIGAS DE INGLATERRA E ITÁLIA JÁ IMPERA
O BOM SENSO