O mundo real e o outro, o de Bruno
Uma coisa é certa, Bruno de Carvalho nunca desilude quem gosta de ser surpreendido. Imagina-se o presidente destituído do Sporting - por 71,36 % dos votos, é bom recordar - sempre de óculos de realidade virtual na cabeça. Só assim se compreendem um conjunto de declarações expressas nas recentes entrevistas, com afirmações entre a bazófia – “Comigo ninguém tocava nos jogadores”, - a humildade – “Mereço uma segunda oportunidade”, - ou mesmo a versão Bambi - “Os sportinguistas abandonaram-me quando mais precisava deles.” E também outras difíceis de encaixar em qualquer cate-
É PASSAR UMA IMAGEM
goria, como aquela em que deixa escapar que os jogadores agredidos em Alcochete só o foram porque quiseram. Acrescente-se ainda todo o folhetim eleições, a esperteza saloia pelo meio e um testa de ferro equacionado, a prestar-se a um papel menor e pouco prestigiante. E sempre com Bruno de Carvalho a frisar a função marioneta - “Leiam bem o que escrevi (…) todos continuarão a votar em mim na mesma”, escreveu na sua página do Facebook. Tanta franqueza, ingenuidade e a palavra burla a não ficar de fora. No tal universo paralelo do presidente corrido, estes são tempos em que o essencial é passar uma imagem, como sempre defendeu: “Para ter sucesso, a primeira coisa a fazer é criar fama de maluco”.
ESTES SÃO TEMPOS EM QUE O ESSENCIAL