Correio da Manhã Weekend

O fenómeno e as histórias

- MIGUEL AZEVEDO JORNALISTA

A c u mpri r 25 anos de existência, o festival Paredes de C o u ra é p o rve n - t u ra u m ‘case study’ dentro do fenómeno dos festivais de música. Conseguiu virar as atenções para o Interior do País sem se deslocar, já é considerad­o um dos dez melhores festivais do velho continente, é talvez o único que permite às autoridade­s policiais e à Cruz Vermelha encerrarem as suas folhas de serviço com zero ocorrência­s e, rezam os relatos, os artistas que por lá passam não só prometem voltar como voltam mesmo. É o caso, por exemplo, dos Arcade Fire, eles que a primeira vez que foram ao Paredes de Coura apareceram na tenda VIP a venderem os próprios discos. Reconhecid­o por ter apresentad­o pela primeira vez em Portugal bandas que vieram a conquistar o estatuto de fenómenos da música como Queens of the Stone Age, Coldplay, M.I.A., Flaming Lips, The Kills, Yeah Yeah Yeahs, LCD Soundsyste­m ou The National, muitas são as histórias para contar. Em 2012, por exemplo, os Kings of Convenienc­e decidiram misturar-se com o ‘povo’ e aparecer em tronco nu nas águas do Tabuão a bordo de um bote de borracha a tocar guitarra. Um dos episódios muito pouco relatados, mas ainda hoje muito comentado por quem esteve pelos bastidores na edição de 2005, foi quando Vicente Gallo tentou seduzir Juliette Lewis e a convidou para dormir consigo naquela noite. Nesse ano, Rick Wilson, dos Kaiser Chiefs, partiu o pé em pleno palco ao protagoniz­ar um salto mais acrobático. Insólita foi a situação vivida pelos Tinderstic­ks em 1997 quando chegaram à unidade de turismo rural que lhes estava destinada e não encontrara­m camas para todos. Foram os elementos da organizaçã­o que tiverem de ir às suas próprias casas buscar os colchões das suas camas para aumentar a capacidade de alojamento.

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