O que falta à Cultura

OPrimeiro-Ministro António Costa garantiu ao ‘Expresso’ que a Cultura vai ter, no próximo Orçamento de Estado, “o seu maior orçamento de sempre”. A promessa é de peso, tendo em conta aquilo que as formações artísticas têm justamente reivindicado ao longo de meses. O que aconteceu na gala anual da SPA no CCB, em 20 de Março passado, é um exemplo disso. Não houve quem se calasse sobre o assunto ou tivesse paciência para aceitar engenhosas desculpas.

O Dr. António Costa, com a experiência e a habilidade que lhe são reconhecidas, sabe que, além de faltar dinheiro, também falta uma política cultural justa e equitativa. O que foi e não foi feito neste domínio mostra que

A CULTURA CRIA RIQUEZA, COESÃO E EMPREGO. DEVE SER ESTIMULADA POR ISSO

quem formar o próximo governo tem de encontrar para esta função quem esteja, de facto, à altura dela.

Sobre o muito que tem faltado na relação com os autores não irá faltar o elenco exacto das queixas e das dúvidas. Um ministro que até é autor deveria conhecer bem a situação. Os autores não servem apenas para ornamentar comissões de honra em períodos eleitorais. Valem muito mais do que isso e também pesam na escolha dos decisores políticos.

A cultura cria riqueza, coesão e emprego. Mesmo em tempo de cortes orçamentais também deve ser estimulada por isso.