VOLTAR A FAZER HISTÓRIA Peter Murphy

Os árbitros bateram o pé e Pedro Proença acaba de sofrer uma derrota estrondosa. Aquele que já foi considerado um dos melhores do Mundo no apito - agora ‘travestido’ em dirigente, com um empurrão decisivo do primeiro presidente destituído em 112 anos de Sporting - quis impor aos seus ex-colegas de profissão voos noturnos para Madeira e Açores com o ‘nobre’ objetivo de poupar uns tostões em refeições. Fez finca-pé e durante algum tempo levou a sua vontade por diante. Só acordou para a realidade quando um voo foi cancelado e o Marítimo-Santa Clara teve de ser dirigido por um árbitro do segundo escalão, o que impediu que o jogo tivesse vídeo-árbitro - vá lá que correu tudo bem, caso contrário teria sido um valente bico de obra. Horas depois de tão bizarro acontecimento, Proença continuava impávido e sereno. Foi preciso que o CM contasse a história dos voos noturnos com chegadas de madrugada para que as coisas mudassem. Os árbitros declararam guerra à Liga e ganharam-na em menos de 24 horas. A APAF, desta vez, esteve mesmo ao lado dos seus associados e obrigou Proença a mudar de opinião. Ou seja, os árbitros vão passar a viajar para Madeira e Açores em voos diurnos e terão assim direito a mais uma refeição e, sobretudo, a mais horas de descanso antes dos jogos num desporto de milhões.

NA PRÓXIMA SEMANA, ESCREVE NESTE ESPAÇO RICARDO TAVARES