Correio da Manhã Weekend

As mensagens do Ivo e do Silas

- ANTÓNIO MAGALHÃES DIRETOR DO

Esta crónica não me dá trabalho, confesso. Sinto, porém, a obrigação de ser um autêntico parasita e assumi-lo com todas as letras. Ora tomem nota: “eu não gosto de ganhar assim, houve ali jogadores meus que se mandaram para o chão, não sei se havia razão, já lhes disse, isto não é para nos mandarmos para o chão, isto é para jogarmos para ganhar”. A frase é de Silas, técnico do Belenenses, após a vitória em Tondela. No futebol português há este terrível hábito que põe qualquer apaixonado pelo futebol com os nervos em franja e que provoca sentimento­s diferentes aos adeptos, consoante for o resultado e o tempo que houver para jogar… Silas sempre foi um apaixonado pelo bom jogo e, por isso, não admira esta reacção. Infelizmen­te, quantos treinado- res haverá que aconselham os jogadores a fazer precisamen­te o contrário a queimarem tempo, a traírem o fair play? Temo que seja a maioria.

Mais palavras sábias merecem o destaque que quem as proferiu receou não terem, mas que aqui, com gosto, reproduzo para que possam ter algum eco. Ei-las: “O árbitro fez um trabalho fantástico. Aceito a decisão do penálti (…) Se continuarm­os a tratar o futebol como o ano passado, então vamos todos chorar porque todos dependemos dele. Em vez de inflamarem, protejam os árbitros [para os jornalista­s]. Também errei quando fiz as substituiç­ões, quase não cheguei à baliza do adversário”. Quem assim falou foi Ivo Vieira, treinador do Moreirense após derrota com o Sporting. Eu não acrescento nem uma vírgula.

QUE GRANDE LIÇÃO

NOS DERAM. QUE MAIS PENSASSEM

COMO ELES

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