Condutor com ficha policial preso e indiciado por onze homicídios
O juiz de instrução criminal do Tribunal do Barreiro, que ontem de manhã interrogou o jovem, de 21 anos, responsável pelo atropelamento mortal de Açucena Patrícia, rapariga de 17 anos, irmã de Yannick Djaló, e por infringir ferimentos noutros cinco amigos, não teve dúvidas em aplicar-lhe a medida de coação mais grave: prisão preventiva. O jovem, já com ficha policial junto das forças de segurança da zona por crimes como furto ou roubo, envolveu-se ao princípio da madrugada de ontem em confrontos físicos com membros de gangs africanos da zona. Tinha carta há apenas 3 meses. Enraivecido, abandonou a rua Dr. Manuel Evaristo onde decorreram as agressões e foi buscar o carro, um Skoda, adquirido em regime de Leasing por familiares. Assim que viu uma barreira po- licial de cinco militares da GNR que impediam o trânsito na referida artéria, acelerou para os atropelar. Os guardas tiveram de saltar para escapar ilesos.
Mal se livrou dos agentes da autoridade, o jovem voltou a acelerar e só parou ao atropelar o grupo onde seguia Açucena Patrícia e os amigos. O Skoda bateu violentamente contra uma vedação de madeira, construída para as largadas de touros habituais nas festas da Moita. Três militares da GNR, de policiamento gratificado, impediram a fuga. Foi tirado do carro para evitar que populares o agredissem devido à violência do acidente. A GNR levou, ao juiz do Tribunal do Barreiro, prova suficiente para o indiciar num crime de homicídio qualificado, dez de homicídio qualificado tentado, e um de condução perigosa.
DETIDO FOI BUSCAR CARRO PARA SE VINGAR DE GRUPO RIVAL APÓS UMA RIXA