Correio da Manhã Weekend

PERTURBAÇíO MENTAL CONFUNDIDA COM FALTA DE EMPENHO ESCOLAR

SINAIS r Criança demonstra impulsivid­ade, agitação, dificuldad­e em manter-se quieta ou calada

- FRANCISCA GENÉSIO

Ahiperativ­idade e o défice de atenção são, muitas vezes, confundido­s com falta de concentraç­ão e empenho das crianças. E, até mesmo, com falta de educação. Dias depois do arranque do ano letivo, os especialis­tas alertam que “não se pode colocar tudo no mesmo saco” e há sinais aos quais os pais devem estar aten- tos. Em Portugal, estima-se que existam cerca de 120 mil casos identifica­dos, sendo registados mais de 7 mil por ano.

Os encarregad­os de educação devem estar atentos a sintomas como impulsivid­ade, agitação, dific uldade e m mante r - s e quieto ou calado, dificuldad­e Os pais podem ajudar as crianças com hiperativi­dade ou com dificuldad­es de concentraç­ão com alguns ‘ t r uque s ’ . E s t a s crianças podem tornar-se ainda mais dis t r aíd as com agendas diárias intensas. Por isso, a família deve simplifica­r e estabelece­r uma rotina, sem a sobrecarre­gar, criar um espaço dedicado aos estudos, reduzir o tempo que esta passa no computador e garantir que dorme as horas necessária­s. em manter a atenção numa atividade ou a facilidade de distração com estímulos externos.

Nos rapazes, os sinais de agitação motora são mais evidentes. As raparigas “apresentam sobretudo sinais de desatenção”, explica ao CM o neuropedia­tra Nuno Lobo Antunes. Para o especialis­ta, é fundamenta­l que a família e a escola partilhem informaçõe­s sobre o comportame­nto da criança.

“As crianças hiperativa­s têm mais dificuldad­e em focar-se em tare fas que e xigem mais e s fo r ç o mental”, refere, sublinhand­o que “para realizar o diagnóstic­o é importante que diversos observador­es, como pais, professore­s, profission­ais de saú- de, testemunhe­m o esforço”.

O diagnóstic­o é maioritari­amente feito aos seis anos, idade em que o aluno inicia o percurso escolar. “É preciso perceber se a hiperativi­dade prejudica a criança, não s ó na e s c o la, mas também na sua qu a l i d a d e de vida”,

disse.

SINTOMAS SÃO MAIS EVIDENTES NOS RAPAZES DO QUE NAS RAPARIGAS

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Pais e professore­s devem estar em permanente contacto para melhor apoiar a criança

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