Correio da Manhã Weekend

UM ACASO AMOROSO

-

Foi por mero acaso que Alexandra conheceu Manuel. Escorregou e ele impediu que ela caísse no chão. Para ela foi a forma de esquecer a traição recente do seu marido “Apenas desejava, com todas as forças, o corpo de Manuel.

Para se libertar

Quando Alexandra colocou mal o pé no passeio, escorregou e começou a cair, pen

sou que a queda era inevitável. Mas, antes de tocar no chão, Manuel agarrou-a e conseguiu evitar o pior. Ela virou-se para agradecer e deparou-se com uma face sorridente de um homem que a puxou para cima, até ela ficar completame­nte de pé. Viu os seus olhos castanhos e uma cara que parecia esculpida em pedra. Só depois, quando se recompôs, reparou no corpo dele, seco e musculado. Era muito moreno. Alexandra encostou-se à parede durante uns segundos enquanto Manuel a questionav­a se estava bem. Ela acenou com a cabeça e depois lá conseguiu garantir-lhe que tinha apenas colocado mal o pé e que, por isso, perdera o equilíbrio. Mas, na realidade, Alexandra não se sentia bem. Saíra de casa sem comer nada e tinha apenas um café no estômago. Nada dormira, o que não a admirava. Na noite anterior uma amiga contara-lhe que o homem com que Alexandra era casada há meia dúzia de anos, tinha uma amante, muito nova. E que os vira a jantar de forma muito íntima num restaurant­e bem longe de Lisboa. Fora um choque, porque ele lhe tinha dito que iria para fora em trabalho. Não duvidara das palavras da amiga. Mas agora todo o mundo tinha caído sobre a sua cabeça. Não pensou mais nisso, perante o ar simpático de Manuel.

Dias depois, pensando nesse momento, Alexandra percebeu melhor porque o convidara para beber café e, depois, para irem para sua casa. Estava frágil e sedenta de amor. E ele estava disponível. Quando entraram em casa dela, Alexandra foi buscar–lhe um uísque, colocou uma música romântica e sentou-se ao lado dele. Manuel não disse nada, mas quando se começaram a tocar, ele não resistiu a beijá-la com sofreguidã­o na boca. As suas línguas cruzaram- –se. Depois ele começou a passar-lhe a mão pelo corpo. Quando lhe tocou nos seios, Alexandra sorriu. Ele tirou-lhe a blusa e o sutiã. Manuel olhou para os seios dela, firmes e bonitos. Ele tocou-os e beijou-os. Ela afastou–o um pouco e tirou-lhe a camisa. Nesse momento Alexandra apenas desejava, com todas as forças, o corpo dele. Quando ele a ergueu e a levou para o quarto, ela seguiu-o. Ambos desejavam que os seus corpos se colassem um ao outro e que o sexo fosse uma libertação de todas as tensões. Ela colocou–se em cima dele e sentiu o sexo de Manuel penetrá-la. Não queria parar com os movimentos, porque só isso a libertaria do seu pesadelo. Quando terminaram, ela já não pensou na traição do seu marido.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal