CIÊNCIA CONTRA O CANCRO
Investigadores portugueses receberam bolsas de Bruxelas para pesquisarem novos medicamentos oncológicos
Chama-se Cláudio Franco. É investigador do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lis
boa. Foi um dos quatro portugueses distinguidos por Bruxelas com uma bolsa para investigar novos medicamentos contra o cancro. Acaba de receber 150 mil euros para continuar a pesquisa que, em 2015, já teve direito a um apoio de 1,5 milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação. O estudo incide sobre os mecanismos de formação excessiva e desorganizada de vasos sanguíneos que ocorrem em doenças como o cancro. É que, apesar de já existirem medicamentos que bloqueiam este crescimento anormal, os efeitos secundários são tão graves que podem afetar os sistemas cardiovascular, digestivo, renal e até a cicatrização de feridas e regeneração dos tecidos. O investigador propõe criar um sistema inovador para identificar uma nova classe de medicamentos que previnam o crescimento anormal de vasos sanguíneos. Este segundo financiamento vai servir para suportar a primeira etapa do processo de criação de um novo medicamento. Este tipo de financiamento é apenas atribuído a investigadores já distinguidos com bolsas do Conselho Europeu de Investigação e tem um valor máximo de 150 mil euros. A ideia é ajudar os investigadores a explorarem oportunidades de negócio, prepararem pedidos de patentes ou verificarem a viabilidade prática dos conceitos científicos. Isabel Ferreira, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa; Rui Costa, da Fundação Champalimaud; e Hélder Santos, da Universidade de Helsínquia, são os outros três cientistas portugueses distinguidos com estas bolsas.