GOVERNO VAI CONTRATAR MAIS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, MAS NÃO PROMETE AUMENTOS DE SALÁRIO.
ORÇAMENTO r Haverá mais funcionários públicos mas Executivo não prevê subida de ordenados SINDICATOS r CGTP reivindica aumentos de 4% com um acréscimo mínimo mensal de 40 euros
OGoverno vai contratar mais funcionários públicos, mas não prevê aumentos salariais, segundo a proposta sobre as Grandes Opções do Plano (GOP) para 2019, enviada ao Conselho Económico e Social (CES).
No documento, a que a Lusa teve acesso, o Executivo de António Costa afirma que no próximo ano irá continuar “o esforço de renovação etária dos trabalhadores da administração pública, decorrente da avaliação global das carências de recursos humanos em todas as estruturas, da administração direta e indireta do Estado”.
Mas não está explícita qualquer garantia de que o Governo socialista vá acomodar as reivindicações dos sindicatos que exigem aumentos salariais em 2019. A CGTP, liderada por Arménio Carlos, defende uma subida de 4% com um acréscimo mínimo mensal de 40 euros. O G o ve r no sublinha que “os recursos humanos são o ativo mais precioso de qualquer organização” e que “importa revalorizar os trabalhadores em funções públicas”, lembrando o que já foi feito neste âmbito, como o descongelamento progressivo das carreiras ou o programa de regularização dos precários (PREVPAP), que vão continuar
Salário de 1468 euros
Em média, os funcionários públicos a tempo inteiro ganham 1468 euros por mês, segundo dados de abril. Trata-se de mais 0,5% em relação ao mês homólogo do ano passado. Mas os ordenados podem oscilar entre um mínimo de 809 e um máximo de 10 585 euros. Os diplomatas são os que ganham mais. em execução. Mas nem uma nota quanto à tão apregoada contagem integral do tempo de serviço dos professores para efeitos de progressão nas carreiras.
No próximo ano, estará disponível “a plataforma SIOE+, uma revisão do Sistema de Informação da Organização do Estado que visa simplificar a recolha e carregamento dos dados e a caracterização das entidades e respetivos recursos humanos”, lê-se no documento.
O Governo pretende ainda “garantir a formação profissional em áreas estratégicas” e “continuar o esforço de apetrechamento e organização funcional do Estado”, com vista à diminuição do recurso à prestação de serviços”.
CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO DOS DOCENTES NÃO ESTÁ NA PROPOSTA