Juízo final
Uma mulher desmaiada foi violada por dois homens. Ficou tudo provado em tribunal, mas os juízes optaram por pena suspensa e consideraram que “a ilicitude não é elevada. Não há danos físicos nem violência”. O quê?! Como é que isto é possível num país europeu do século XXI?
Bom, o acórdão da Relação do Porto assinado por Maria Dolores Sousa e Manuel Soares dá como provado que em novembro de 2016 uma mulher perdeu a consciência na casa de banho de uma discoteca por excesso de álcool e o barman, “verificando a sua incapacidade de reger a sua vontade”, estuprou-a. O porteiro chegou depois e
ALGO MUITO PERVERSO SE PASSA NA NOSSA JUSTIÇA
também a violou. A vítima esteve sempre inconsciente, como se provou pelos telefonemas intercetados pela polícia, onde se escuta: “Ela completamente desmaiada no WC.” Os juízes falam de “sedução mútua”, os agressores não mostraram qualquer arrependimento mas o tribunal libertou-os porque “estão bem integrados socialmente”. Eles foram para casa. Ela recebeu uma pena para a vida toda.
Algo muito perverso se passa na nossa Justiça que frequentemente desculpa os que atentam contra a vida e a integridade dos mais frágeis, idosos e bebés, mulheres. Ah, e a violação foi a criminalidade violenta que mais subiu em 2018. Graças a quem, hum? Psicopatas e juízes. Parceiros no crime.