PONTAPÉ DE SAÍDA A competitividade do Benfica
Rui Vitória, treinador do Benfica, criticou há dias o facto de o campeonato parar três fins de semana para dar lugar a jornadas da Taça da Liga. Prova que, como se sabe, nasceu, vive e está condenada a ser uma espécie de parente pobre do calendário competitivo do futebol português. A inquietação é pertinente. Mas também reveladora da forma como alguns treinadores treinadores continuam a olhar para esta competição como se de um estorvo se tratasse. A Taça da Liga só dá mesmo jeito quando se ganha. Para dar currículo e, tantas vezes, disfarçar mazelas de uma época marcada por desaires noutras competições, catalogadas de mais nobres.
Vem o discurso de Rui Vitória a propósito do facto de o Benfica se ver forçado a arrancar para a Liga dos Campeões, e logo frente ao todo-poderoso Bayern Munique, com o enquadramento ‘preparatório’ de uma jornada de Taça da Liga, em vez de um jogo de campeonato. Até que ponto terá isso interferido com o desempenho dos jogadores da águia e com o resultado do duelo com os bávaros? Impossível determinar. Porque há um facto indesmentível: o bloqueio do Benfica na Champions já começa a ser mental. É verdade que o Bayern é um tubarão, mas isso não esconde o facto de Pizzi e Gedson, dois jogadores que têm estado em destaque neste início de época, terem passado ao lado do jogo europeu. As águias voltam a jogar já amanhã para a Liga doméstica, com o Desp. Aves. Será que é apenas neste registo que o futebol do Benfica está condenado a ser competitivo?
CHAMPIONS JÁ COMEÇA A SER
MENTAL