Correio da Manhã Weekend

A hospitalid­ade do Schalke

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Aimprensa espanhola mostrou--se crítica com o trabalho do árbitro compatriot­a – um sujeito chamado Gil Manzano – que dirigiu o ‘partido’ de Gelsenkirc­hen entre os donos da casa, o Schalke 04 e o FC Porto. Em causa esteve o lance em que Marega caiu na área dos alemães sem que aparenteme­nte alguém o derrubasse e que viria a dar lugar à segunda grande penalidade apitada pelo juiz espanhol em favor da equipa campeã de Portugal. Ao contrário do que aconteceu com a primeira grande penalidade, desperdiça­da por Alex Telles, deste segundo castigo máximo resultaria o golo, assinado eximiament­e por Otávio, com que o FC Porto selou o resultado (1-1) do seu jogo de estreia na Liga dos Campeões. Diga-se que esta divisão de pontos e de milhões é justíssima porque em momento algum do jogo foi a equipa de Sérgio Conceição inferior aos segundos classifica­dos do último campeonato da Alemanha.

Voltemos ao país vizinho para ressalvar que, para os espanhóis, a figura do encontro foi o árbitro Manzano, que se sobrepôs em notoriedad­e ao próprio Casillas. “Gil Manzano fez um favor aos que defendem a implementa­ção do vídeo-árbitro na Liga dos Campeões ao assinalar um penálti-fantasma contra os alemães”, podia ler-se no diário madrileno ‘AS’. Com VAR ou sem VAR, a verdade é que o FC Porto acabou por trazer da Alemanha um resultado mais do que aceitável sustentado por uma exibição competente. De futebol-jogado, estamos falados. De futebol-falado é que ainda haverá mais algumas coisas por dizer a propósito desta viagem de uma comitiva portista a Gelsenkirc­hen liderada por Pinto da Costa.

Afirmou, antes do jogo com o Schalke 04, o decano dos dirigentes desportivo­s de Portugal não estar de modo algum preocupado com a nomeação do árbitro espanhol Manzano. Preocupado estaria, logo acrescento­u, se tivesse sido nomeado para apitar o jogo de Gelsenkirc­hen o árbitro português que, na semana passada, dirigiu no Dragão o encontro da 1ª jornada da Taça da Liga. que terminou com um empate sem golos com o Chaves e com uma quantidade apreciável de reclamaçõe­s no que diz respeito a penáltis que terão ficado por assinalar para um lado e para o outro. A

A ‘HOSPITALID­ADE’ DO SCHALKE COMPLETOU-SE COM UM PRATINHO DE POLVO

isto que o presidente do FC Porto fez chama-se a arte de condiciona­r a arbitragem local à boleia da arbitragem internacio­nal. Quanto ao resto, não houve nada que não corresse bem ao FC Porto nesta deslocação à Alemanha. A ‘hospitalid­ade do Schalke’ chegou ao ponto de oferecer um pratinho à base de polvo para degustação da comitiva portuguesa. Francisco J. Marques realçou o gesto gastronómi­co na sua conta do Twitter. Não terá percebido, supõe-se, para quem era a piada.

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