Correio da Manhã Weekend

“O PROCESSO CRIATIVO TEM QUE SER EGOÍSTA”

CANTOR ALENTEJANO ESTÁ A ULTIMAR O NOVO DISCO. O ÊXITO FOI ESPREITAR A ÚLTIMA SEMANA DE GRAVAÇÕES

- MIGUEL AZEVEDO

Éna companhia dos parceiros habituais, de algumas estreias e, pela primeira vez, de uma orquestra, que António Zambujo prepara o seu regresso aos discos, o primeiro de temas inéditos em quatro anos. O novo trabalho, que teve as últimas sessões de estúdio esta semana, será editado em novembro. Sucessor de ‘Até Pensei que fosse Minha’, álbum de tributo a Chico Buarque, o novo registo marca uma mudança na linha estética que Zambujo vinha seguindo. “Este é um disco diferente dos anteriores, sem fados tradiciona­is e apenas com músicas originais. É um álbum que não tem tão evidentes as influência­s dos discos passados. Há aqui mais de Tom Waits, Rodrigo Amarante, Caetano Veloso, Silvia Perez Cruz muitas outras coisas que ouvi nos últimos anos e que transforma­m os nossos gostos”, explica o músico. Entre os parceiros habituais na composição estão Miguel Araújo, Pedro da Silva Martins, João Monge ou Aldina Duarte e pela primeira vez Márcia, Paulo Abreu de Lima e Mário Laginha e os brasileiro­s Arnaldo Antunes, Rodrigo Maranhão e Cézar Mendes. Destaque especial neste disco para a participaç­ão da Sinfoniett­a de Lisboa que toca em cinco temas. “Foi uma experiênci­a fantástica porque obriga a outro tipo de disciplina e a cedências de parte a parte”, explica Zambujo que continua a seguir a sua intuição e vontade quando chega a hora de gravar. “O processo criativo tem que ser egoísta. Tem que se fazer aquilo em que se acredita”.

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