Rosa Grilo quer melhorar versão apresentada
u A procuradora do Ministério Público entende que a correspondência entre Rosa Grilo e António Joaquim pode indiciar u m a c e r t o d e e s t r a t é gi a s . “Adaptar o teor das declarações à prova e à crítica das suas declarações” ou para “suprir as evidentes contradições” defende a magistrada num documento em que considera que a mesma correspondência deve ser apreendida.
“Verificar se do conteúdo do mesmo existe alguma prova ou o eventual acréscimo de alguma linha de investigação que importe encetar e que possa contribuir para o cabal e pormenorizado esclarecimento da ver- dade dos factos”, continua a procuradora, admitindo a necessidade de Rosa Grilo melhorar a versão apresentada. “A defesa pública de que a morte do seu marido teve lugar na atuação, em coautoria, de 3 pessoas de identidade não concretamente determinada (...) está muito fragilizada pela demais prova recolhida”.
A promoção da procuradora, secundada pela juíza, foi alvo já de um recurso por parte da defesa de António Joaquim. Ri- cardo Serrano Vieira, advogado, garante que o seu cliente nunca tentou alterar versões. Diz depois que a apreensão da carta não cumpriu os formalismos legais e critica o Ministério Público por não admitir, sequer, que o conteúdo da correspondência pode servir para provar a inocência do funcionário judicial. “Não se equaciona e justifica-se, sequer, que da requerida apreensão se possa concluir pela prova da não responsabilização do arguido”, afirma o causídico que acrescenta: “A construção gramatical da douta promoção leva a concluir que o fito de tal medida é reunir prova para acusar”.
DEFESA DE AMANTE DIZ QUE PROCURADORA NÃO ADMITE INOCÊNCIA