Correio da Manhã Weekend

Um grito em defesa do interesse nacional

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Oencontro de treinadore­s da Liga promovido por José Couceiro, diretor técnico nacional, além de ser uma iniciativa inédita deve ser um bom ponto de partida para que se criem condições para remodelar um calendário que preserve o jogador e defenda as equipas, nomeadamen­te as que estão sujeitas a uma carga competitiv­a elevada. A discussão peca por tardia, uma vez que o calendário foi acertado pelos clubes no início da época, pelo que os técnicos terão de começar por fazer o trabalho de casa e convencer os seus próprios dirigentes da bondade das propostas. Mas mais vale tarde do que nunca. Esta época, as queixas acentuaram-se porque se incremento­u o número de jogos numa fase que, por exemplo, noutros países se faz uma pausa para recuperar o fôlego. Registemos: Espanha, França e Itália tiveram uma paragem de quinze dias; Alemanha e Holanda estenderam o período por 27 dias e até a Grécia interrompe­u a competição durante 20 dias. A exceção é a Inglaterra. Concedo a posição oportuníst­ica de um apaixonado/viciado no futebol que está pronto para consumir jogos até diariament­e e, sendo assim, alimenta o negócio na vertente financeira. No entanto, do ponto de vista desportivo e diria até de interesse nacional, não faz sentido que se sugue o jogador, levando-o ao nível do limite das suas capacidade­s físicas, tornando-o até mais suscetível a contrair lesões, apenas porque há a oportunida­de de “faturar”. Mais tarde ou mais cedo, paga-se um preço alto.

PREOCUPAÇíO DOS TREINADORE­S... MAIS VALE TARDE DO QUE

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