Destinado a voos mais altos
Ainda no Brasil, ao serviço do Grémio Anápolis, pensou abandonar o futebol porque “não estava a conseguir levar o pão para casa e já tinha mulher e um filho”. Abriu-se uma porta na Europa e o Real Sport Club, então chegado à II Liga, deu-lhe uma oportunidade que não desperdiçou. Com a camisola do clube da Linha de Sintra marcou 20 golos e despertou a atenção de outros emblemas. Foi com surpresa que assinou pelo Nápoles, agora está emprestado ao Rio Ave e já leva oito tentos marcados na Liga. Acordaram tarde os três grandes e uma mudança de ares pode estar iminente. Carlos Vinícius
CARLOS VINÍCIUS FOI CRAQUE NA II LIGA.
AGORA MARCA
tem 23 anos e, acredita, o seu objetivo não é apenas chegar ao topo. O principal, diz, é manter-se muito tempo por lá.
Quem acompanhou os jogos do Real cedo percebeu estar ali um jogador para outros voos. Possante, alto, rápido, com técnica, a jogar bem de cabeça, Vinícius espalhou o seu futebol pelo competitivo segundo escalão e deixou a sua marca nas balizas adversárias - o Benfica B, é um exemplo, foi duas vezes buscar a bola ao fundo das redes. Espanta, pois, que nenhum clube português tivesse sido lesto na sua contratação. Quando se negoceiam jogadores por valores milionários, vá-se lá saber para satisfazer que interesses, muitas vezes a solução está ao virar da esquina. Este é um avançado a seguir.