SANGUE DA VITIMA NA ARMA DO CRIME
MAGISTRADA REVELA r Polícia Judiciária fez novos exames para provar que Luís Miguel Grilo foi assassinado com pistola de António TELEFONE r Programa de ‘limpeza’ usado para apagar rasto
r NOVAS PERÍCIAS detetam vestígios de Luís Grilo no cano r FUNCIONÁRIO JUDICIAL limpou telemóvel para apagar mensagens r FILHO MENOR confirmou que edredom em Avis pertencia à habitação dos pais
Na resposta do Ministério P úb lic o ao p e did o de Rosa e de António para serem libertados, a procuradora revela que tem uma nova prova. Diz que em outubro foi feito um novo exame à arma encontrada em casa do funcionário judicial e que foi detetado um vestígio de sangue de Luís Grilo no cano da arma. Não há dúvidas, para os investigadores da Polícia Judiciária, de que foi aquela a pistola usada para matar o triatleta. E a tese apresentada por Rosa - de que roubou a arma a António e que a colocou na casa sem que ele soubesse - levanta sérias dúvidas às autoridades que dizem mesmo que a versão da viúva não tem qualquer credibilidade.
A magistrada conta agora que o exame complementar foi feito mais tarde, já que inicialmente pretenderam apenas saber se os ferimentos detetados na vítima permitiam garantir que o disparo tinha sido feito com aquela arma.
Atendendo a que o cadáver se encontrava em adiantado estado de decomposição, os exames foram inconclusivos. Os peritos do Laboratório de Polí- cia Científica admitiram que tinha sido usado um projétil compatível com os que eram usados na arma de António Joaquim - uma pistola 7,65 milímetros, um calibre consi- derado de guerra - mas disseram depois que era impossível garantir que a arma tinha sido efetivamente aquela.
Outra prova agora apresentada pela acusação tem a ver com um programa informático que António Joaquim instalou no seu telemóvel. Diz o Ministério Público que serviu para apagar o rasto das mensagens trocadas com a viúva, designadamente as que podiam envolvê-lo no crime.
António Joaquim nega-o e diz mesmo que as mesmas mensagens o ‘ilibam’ do homicídio. Garante que no dia em que Rosa lhe disse que o marido t inha de s ap ar e c ido lhe mandou dezenas de mensagens a tentar saber pormenores do que tinha acontecido.
FUNCIONÁRIO JUDICIAL
NEGA TER APAGADO MENSAGENS COM ROSA