411 mil contadores de gás substituídos
MOTIVO r Contadores de gás natural serão substituídos até 2023 por terem atingido o limite de 20 anos definido pela lei MERCADO r Equipamentos em fim de vida representam cerca de um terço do mercado dos clientes de gás natural do País
Mais de 411 mil contadores de gás natural instalados nos lares portugueses vão ter de ser substituídos até 2023 por terem atingido o limite legal de 20 anos. A renovação do equipamento será inteiramente suportada pelas empresas, que preveem gastar 17,1 milhões de euros nesta operação durante os próximos cinco anos.
A substituição dos contadores - cujos preços variam entre os 18 e os 66 euros - está prevista nos planos de investimento dos 11 operadores espalhados pelo País. Os documentos encontram-se em consulta pública na Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) até dia 28 deste mês.
Os contadores em fim de vida representam cerca de um terço do mercado dos clientes de gás natural, que é de 1,2 milhões, 97% do qual já se encontra no me r c a d o l i b e r a l i z a d o . D e acordo com os regulamentos, os contadores têm de ser renovados entre os 17 e os 20 anos. Recorde-se que a introdução do gás natural em Portugal remonta a 1997 e, nesse sentido, foi já ultrapassado o prazo de funcionamento permitido.
O investimento total previsto no Plano de Desenvolvimento e Investimento das Redes de Distribuição de Gás Natural para 2019-2023 ascende a cerca de 306 milhões de euros. Na maioria dos casos, trata-se apenas de investimento para a manutenção do abastecimento aos clientes. Apenas a Sonorgás prevê a expansão terri- torial da rede atual (ver texto ao lado) e a captação de novos clientes.
Como grande parte do investimento será repercutido nas tarifas pagas pelos consumidores, as propostas vão ser escrutinadas por várias entidades, entre as quais a própria ERSE, depois da consulta pública, e a Assembleia da República. Por outro lado, a ERSE aproveitou a consulta pública para lançar um conjunto de questões de forma a antecipar o “futuro do setor do gás natural e as suas eventuais consequências para as redes de distribuição”.
INTRODUÇÃO DO GÁS NATURAL EM PORTUGAL REMONTA A 1997
SUBSTITUIÇÃO PAGA
PELAS EMPRESAS VAI CUSTAR 17,1 MILHÕES