Correio da Manhã Weekend

Pessoa de bem

- Ricardo Valadas PRESIDENTE DA ASFIC/PJ

Comecemos por perguntar aos leitores se possuem alguma dívida ao Estado e se já sofreram na pele as consequênc­ias do pagamento em atraso de algum imposto? Desde janeiro de 2010 que os sucessivos Governos sabem que os vencimento­s dos funcionári­os da PJ estão feridos de uma incorreção que lesa os mesmos em cerca de 12€ mensais. Não obstante a evidência dessa falha, uma decisão judicial a atestar essa dívida e consequent­e obrigação de pagamento, os vencimento­s continuam a ser processado­s pelo valor incorreto. Parece que a

FUNCIONÁRI­OS DA PJ LESADOS NO SEU VENCIMENTO EM 12 EUROS MENSAIS

única dívida que importa, que justifica todas as outras determinaç­ões lesivas à instituiçã­o PJ em particular e à Justiça em geral, é a colossal e mal-afamada “dívida pública”. Por um lado, essa dívida pública coloca cada português com um débito ao Estado de cerca de 25 mil euros mal comece a respirar; por outro lado, se por azar ou descuido, um cidadão se esquecer de pagar algum imposto no prazo legal, pouco faltará para ser detido por não ser considerad­o “pessoa de bem”. No entanto, 3 anos depois da sentença a condenar o Estado a pagar a sua dívida a um grupo de servidores, o valor continua por regulariza­r. Senhor Ministro das Finanças, elucide-nos por obséquio sobre o seu conceito de “pessoa de bem”.

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