Mortalidade atinge valores históricos
ÓBITOS r O ano de 2018 registou mais de 113 mil mortes: é o registo mais elevado desde 1949
Em2018 morreram emPortugal mais de 113 mil pessoas: é o número mais elevado desde 1949. O último ano ficou marcado por uma intensa vaga de calor no verão, que teve o seu pico a 5 de agosto, dia em que morreram 508 pessoas. Embora no último inverno a epidemia da gripe não tenha sido das mais agressivas, o mês de março foi chuvoso e frio, o que colocou a mortalidade em valores superiores ao habitual para o terceiro mês do ano.
Uma população envelhecida e por isso mais vulnerável às condições mais adversas do clima é a terceira explicação apontada para um maior número de óbi- tos. As doenças cerebrocardiovasculares e as oncológicas são as mais representativas nos casos fatais.
Os dados provisórios da Direção-Geral da Saúde indicam a ocorrência de 113 537 óbitos no último ano. Mais 3779 face aos 109 758 registados em 2017. Subida que traduz um acréscimo de 3,4% no espaço de doze meses. O último ano representa também um agravamento da mortalidade face a 2016 quando morreram 110 573 pessoas.
Em termos históricos é necessário recuar ao ano de 1949 para obter um valor mais elevado: nesse ano morreram 118 mil pessoas em Portugal.
Nos primeiros 11 dias deste ano, o número de óbitos foi inferior ao período homólogo de 2018: morreram 4272 pessoas no País, menos 228 face ao ano passado. A vaga de frio que se tem registado nos últimos dias ainda não tem reflexos no nú- mero de óbitos, mas todos os cuidados são poucos. Segundo as previsões do Instituto do Mar e da Atmosfera, as temperaturas mínimas vão manterse muito baixas.