Tenta matar a tiro filho e cunhado
ATAQUE r Agressor culpa familiares de ajudarem a mulher a fugir de casa
Há seis meses que a mulher de Joaquim Pereira, de 60 anos, saiu de casa, farta de ser vítima de violência doméstica. Inconformado por não saber onde a mulher se encontra, o agressor culpa a família de ter incentivado a fuga e tenta saber, a todo o custo, qual o paradeiro da mulher. Ontem de manhã, completamente descontrolado, pegou na caçadeira e disparou contra o filho, que estava no carro, em Soalhães, Marco de Canaveses. Dez minutos depois foi a Gôve, Baião, e tentou matar o cunhado.
“Eu ia tirar o carro da garagem quando o vi encostado a um muro. Ele levantou a arma e só disse: ‘É hoje que te mato.’ Fez dois disparos, mas não me atingiu. Eu corri, mas caí várias vezes. Pensei que ele me ia matar”, descreveu ao CM Orlando Vieira, de 63 ano s , o c unhado do atirador, que foi atacado pelas 07h00. O homem ainda foi socorrido no local pelos bombeiros de Baião e transportado ao hospital de Penafiel. O filho do agressor, de 35 anos, também escapou ileso aos disparos.
“O Joaquim barrou-lhe a pas- sagem com a carrinha. Depois começou logo a disparar. O carro ficou todo cravado de chumbos”, disse ainda Orlando.
Esta não é a primeira vez que Joaquim Pereira tenta matar os familiares. “Há duas semanas veio a minha casa de noite e disparou contra as portas. Os chumbos ficaram cravados na porta”, frisou Orlando Vieira.
O atirador acabou por ser capturado, ontem às 15h45, na freguesia de Gôve, numa operação da GNR com a Polícia Judiciária do Porto.
OPERAÇÃO DA GNR E DA JUDICIÁRIA PERMITIU CAPTURAR O ATIRADOR