Juiz recusa o Campus e opta por sala pequena
DILIGÊNCIAS r Ivo Rosa recusa fazer a instrução do processo na mega sala do Campus de Justiça ESCOLHA r Opta pelo Tribunal Central de Instrução
Ainstrução do processo da Operação Marquês, que começa no próximo dia 28, vai realizar-se no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), por decisão do juiz Ivo Rosa.
A escolha está a gerar polémica, uma vez que foi dada outra opção ao juiz. Dadas as dimensões reduzidas da única sala do TCIC (são cerca de 20 lugares; o processo tem 28 arguidos e os seus advogados), o magistrado pediu ao Conselho Superior da Magistratura para usar as insta-
SALA COMPROMETE O DIREITO DOS JORNALISTAS DE ASSISTIR ÀS SESSÕES
lações do Palácio de Justiça, onde anteriormente estava localizado aquele tribunal. Chamada a pronunciar-se pelo órgão de disciplina dos juízes, a presidente da Comarca de Lisboa, Amélia Catarino, indicou a nova sala do Campus de Justiça, remodelada recentemente. Isto porque o Palácio de Justiça não reúne as condições necessárias, até porque vai entrar em obras.
Ivo Rosa não terá ficado satisfeito e, por isso, recusou a opção da presidente da Comarca.
A instrução do processo Marquês vai assim realizar-se na mesma sala onde decorreu o E-Toupeira. Na primeira sessão deste caso, e depois de sentados os advogados, sobravam apenas dois lugares para os 18 jornalis- tas que pretendiam assistir ao caso. Dado o interesse e mediatismo do processo, no qual a SAD do Benfica foi ilibada, a juíza Ana Peres tentou que a maioria dos jornalistas conseguisse assistir ao debate. O processo tinha apenas 4 arguidos.