Um circo no carro
Quando se estreou, ‘O carro do amor’, da SIC, parecia dar continuidade ao êxito de ‘Casados à primeira vista’, até por ter mantido Diana Chaves e os especialistas do ‘dating show’ anterior com maior capacidade de comunicação: Cris Carvalho e Eduardo Torgal.
Já a TVI, com ‘O primeiro encontro’, apresentou apenas o trunfo Fátima Lopes e um príncipe do nada, procurando somente o entretenimento, sem lhe juntar, como fez a SIC, alguma formação comportamental que valorize os conteúdos e ajude a iniciar relações amorosas, não na televisão mas na vida.
A SIC OPTOU PELA MACACADA E ‘O CARRO DO AMOR’ PERDEU CLIENTES
Sendo claramente mais bem feito do que ‘First dates’, certo é que, da vantagem no seu horário sobre o concorrente, ‘O carro’ perde já muitas vezes e cai para terceiro. E ‘O preço certo’, da RTP, é líder destacado – essa é que é essa.
Curioso pela rápida quebra de popularidade, voltei a ver o programa e assisti à destruição do conceito. Em vez de manter o foco nas características, gostos e ambições dos que procuram uma relação e nas possibilidades de isso suceder, a SIC optou por introduzir um excesso de divertimento, ainda por cima mau. E ao substituir o amor pela macacada, ‘O carro’ perdeu clientes. Quem quer ver palhaços prefere seguramente o circo.