Pai treinador e pai agente é um cancro
Os pais – os que enfiam a carapuça – são um cancro para o Desporto. Esses encarregados de deseducação fomentam a violência, física e verbal, castram sonhos, matam esperanças, envergonham os filhos e não deixam os jovens de hoje ser os homens de amanhã.
O vandalismo que cruza o País e atravessa estádios e pavilhões é, socialmente falando, alarmante. Mas, mesmo assim, continua a crescer, assustadoramente, o número de pais treinadores, de pais agentes, de pais que não gostam de Desporto e, mais grave, não amam os filhos.
Governo, federações e a esmagadora maioria das coletividades chutam para can- to. Clubes como o Vilaverdense e câmaras como a de Almeirim tentam combater a violência, procuram contribuir para a formação dos jovens, mas sentem-se impotentes, simplesmente porque há pais com palas – chamam burro ao treinador e ao colega do filho, mandam o árbitro para aquela parte e assobiam os catraios da equipa contrária, pressionam os herdeiros, trocam palavras azedas com os outros pais e ainda se engalfinham, escadas abaixo, como se viu, há dias, em Massamá.
Os pais José Mourinho e os pais Jorge Mendes veem nos filhos Ronaldos. Mas esquecem-se de que CR7 singrou, também, porque os pais não lhe deram motivos para o envergonhar – estavam longe dos treinos e dos jogos, dos outros pais e dos árbitros. Não meteram o bedelho na sua formação desportiva.
ENCARREGADOS DE DESEDUCAÇÃO FOMENTAM A VIOLÊNCIA