Polícias travam 696 agressores em 5 meses
ACRÉSCIMO r Detenções da GNR e da PSP em casos de violência doméstica, até maio deste ano, revelam agravamento SUSPEITOS r Maioria são homens e exercem violência sobre as mulheres
Este ano já foram detidos 696 agressores em casos de violência doméstica pela GNR e PSP, em todo o País.
Os dados referem-se aos primeiro cinco meses e revelam uma tendência de agravamento face ao número de agressores detidos pelas duas forças de segurança em todo o ano de 2018: 966. A maior parte dos agressores são homens que exercem violência contra as mulheres ou companheiras, mas há também casos em que as vítimas são os filhos e os pais.
Só a GNR – que dispõe de 24 Núcleos de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas de Norte a Sul do País – foi responsável por prender 449 agressores, entre 1 de janeiro e 24 de maio. Em
situações relacionadas com crimes de violência doméstica, foram apreendidas, tal como o C M j á no t ic io u, 3 7 5 ar mas de vários tipos, sobretudo armas de fogo.
De acordo com o último relatório da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) pediram ajuda 6928 vítimas de violência doméstica, 86,3% das quais eram do sexo feminino. A maioria (31,5%) era cônjuge do agress ores , s e guindo- s e as companheiras/os (17,7%) e excompanheiras/os (12,6%). Do total de vítimas, 7,4% eram crianças ou jovens.
Em 2018, a APAV contabilizou ainda 9665 pessoas que praticaram crimes. Destes, mais de 80% eram do sexo masculino e tinham idades compreendidas entre os 35 e os 54 anos (21,4%). Cerca de 29,9% eram casados e tinham uma ocupação profissional (34,5%). De registar ainda dados referentes à vitimação que se arrasta no tempo, com valores acima dos 76 por cento em 2018.
Já os locais do crime mais referenciados para a ocorrência do crime foram a residência comum, a residência da vítima e a rua. Somente em 47,8 por cento das situações foi formalizada queixa ou denúncia junto das entidades policiais.
APAV REGISTOU 6928 VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM 2018