Correio da Manhã Weekend

Ordem superior para nunca pôr algemas ao detido

SINDICATO r Denuncia tratamento a Vara SALA r Chefe à civil vigiou

- M. C.

A direção do Estabeleci­mento Prisional de Évora ordenou que Armando Vara nunca fosse algemado desde que saiu daquela cadeia, ontem à tarde, até entrar na sala da comissão de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos, na Assembleia da República, em Lisboa. A denúncia foi feita pelo Sindicato Nacional da Guarda Prisional, que apelida a situação de “reveladora de que existem reclusos de primeira e de segunda”. “Os presos devem viajar algemados, e entrar nas diligência­s também algemados”, explicou Jorge Alves, líder sindical. Fonte oficial dos Serviços Prisionais contactada pelo CM não comentou, limitando-se a dizer que “foi respeitado o disposto no nº 3 do artigo 27 do decreto-lei 51/2011”, no qual se lê que só é permitida a não algemagem de reclusos em diligência­s externas, quando fundamenta­da. O CM apurou ainda que os Serviços Prisionais deram ordens para que não entrassem guardas fardados na sala parlamenta­r onde Armando Vara ontem prestou depoimento. Ao invés, foi escolhido João Mendes, um chefe principal com cerca de 60 anos, que presta serviço na sede dos Serviços Prisionais, em Lisboa, e que trajou à civil. O mesmo vigiou-o durante toda a diligência e acompanhou Armando Vara na saída, entregando-o aos colegas que o fizeram regressar à cadeia de Évora.

GUARDAS FARDADOS NÃO ENTRARAM NA SALA DA COMISSÃO DE INQUÉRITO

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João Mendes, chefe principal, era o homem encarregue pelo serviços prisionais de não deixar fugir Armando Vara

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